Ensopado de peixe com curcuma e batatinha-do-reino
A série culinária, apesar dos protestos (isto aqui não é um espaço democrático e sim autocrático, da pior espécie), continua! Hoje com o ensopado de peixe e frutos do mar ao molho de creme de batata e açafrão-da-terra, a conhecida curcuma, com gotas de pimenta dedo-de-moça, maionese ao alho, pão italiano e batatinha-do-reino. Prato típico de não sei direito onde a origem, mas é "mediterrâneo" e palatável.
Minha pobre irmã passou pelo teste, não sei se por bondade disse que é algo que pode ser servido a “terceiros”.
Existe uma parecida, de fato mediterrânea, que meu dedicado amigo Martins e eu provamos há alguns poucos anos atrás (em 1977... ave...) na cidade de Marselha. O maitre do restaurante que adentramos era um francês com alguns anos de Rio de Janeiro e se alegrou ao ver brazucas. Numa segunda-feira à noite, sem mais ninguém no local, comemos como reis. E provando dos vinhos da província, deliciosos, fortes e gelados.
Nunca esqueci da tal bouillabaisse no pequeno restaurante, do amável maitre, das risadas com Cláudio, enfim, do gosto único do creme de batatas com o caldo de peixes, dos camarões, peixes-agulhão, pedaços de atum, polvo, mexilhões e do açafrão, da curcuma, das azeitonas, alcaparras, do filão de pão fresco e da aioli, (alho e óleo, uma maionese com reforço bravo disto) com as pommes-frites, que apesar de não admissível, foi concessão do restaurante aos dois moleques.
E, coroação, forte ressaca no dia seguinte; mas acho sanada com a linda vista, à beira da piscina de um hotel quase vazio, para o suave Mediterrâneo e àquela inconfundível montanha à esquerda. Penso várias vezes retratada por Henri Matisse.
Além dos maravilhosos peitos da esposa francesa do vice-cônsul brasileiro, como descobriu meu amigo mais adiante, lá hospedado enquanto aguardava sua casa ficar pronta. E que essa senhora desfilava em desinibido topilésse, talvez sabedora que os dois babacas achariam bem interessante, diria o poeta: levemente provocante...
Nos convidaram para almoço, fomos, mas meio sem jeito lembrando de nossos onirismos em relação à sensual senhora do diplomata. Todos temos nosso lado instintivo.
Somos assim...
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