Artigo nº 75 - 18/11/2022

Hermógenes aventura...

Abobrinha, aventura nenhuma. Mas divertida assim mesmo a velejada de Parati (Paraty?) até a Ilha da Cotia, onde as águas ainda são limpas para gostoso mergulho e os pescadores vendem ostras sempre frescas.

Depois, a aproveitar vento mais rotundo de frente fria, que esses argentinos insistem em nos enviar, sair por detrás de uma tal Ilha Deserta.

Deserta de fato, nada humano a detectar por lá.

A algumas milhas do continente, mas de abordagem dificíl, vela a entrada para a Baia da Ilha Grande/Parati. Mar aberto a boreste, emocionante de algum modo por alguns instantes navegar na tal imensidão, lembrar de histórias de naufrágios na Ponta da Joatinga, que de lá se descortina ao sol e ao sul.

Como a um sinal, curiosamente, o céu se escureceu, mais um tanto de vento e o medroso "capitão" Hermó ruma de volta ao ancoradouro.

Com seu imediato Daniel, na luta contra as intempéries, que não passou de uma chuvinha e um ventozinho mais insistente. Bela diversão, emoção à toda prova.

De entender-se porque alguns não descem de bordo, nunca mais, a percorrer os mares em paz.

Não há disposição para tal, nem coragem ainda.

Quem sabe mais adiante...

Clicando sobre as fotos, elas ficam maiores.

Hermógenes ao leme do "Charada", no vento de popa saindo pelo Saco do Mamanguá, Rio de Janeiro. Até a camiseta a enfunar-se de vento "argentino"...

Ao sul (centro foto) a ponta da Joatinga, ao lado o morro da Joatinga. Dizem ter havido alguns bravos naufrágios por lá. Ficamos curiosos.

A "bombordo", para mim menos preciso capitão "à esquerda" mesmo, a Ilha do Algodão, com admirável vento desta vez.

O vento nos empurra para a Ponta da Cajaiba, fim da Baia de Ilha Grande ao sul. Com 5 a 7 nós de velocidade, em vento de 15. Nosso bravo "Charada" se comporta bem com os menos versados, como nós. Belo barco.

O "imediato" Daniel, com seus 14 anos um auxiliar dedicado. Grande ajuda a bordo e excelente humor, sempre. Meus filhos e filhas, meus heróis e heroínas.