Hermó

Espaço de reflexão Hermógenes de Castro & Mello

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Artigo nº 1032 - 18/11/2022

Tempos de hoje, explico sra. Helena.

Por Helena Iaconis Sevastopoulus, de Pátras, Grécia

O causídico encheu o peito, já tomado de sua Metaxa em copo ruim, a borda trincada. Olhou para Helena que perguntou aquilo desejava para o jantar e detonou:

"Nada.

Minha querida, este século 21 nos traz surpresas. Aquilo imaginávamos esquecido ou vencido, como ditaduras e pandemias, retorna com força.

Lê-se agora que a Nicarágua e sua ditadura com Daniel Ortega em menos de uma semana prende quatro candidatos de oposição ao governo.

A China exalta sua ditadura proto-capitalista como a solução dos problemas da humanidade, no estilo napoleônico:

O homem deseja conforto, não se interessa pela liberdade.

Outras nações trilham o caminho, com uma gigantesca farsa democraticóide, por exemplo a Hungria, a Polônia, a Venezuela, a Rússia, a Bielorússia e os Xisquistãos todos da vida.

Além das ditaduras militares ou monarquias no Oriente Médio, praticamente todos os países por lá regimes fechados. Na África estimo que a maioria das nações vive sob sistemas de força ou falsas democracia. Esquerdistas ou direitistas. Não importa.

Lá na distante América do Sul ensaiou-se termo de 30 anos com democracia iniciante, excetuada a Venezuela e aquele Brasil, onde agora se ventila golpismo à extrema direita, com desejo doente de militares no poder, repressão a quem pensa diferente e rotulando comunistas de comedores de crianças.

Sem jamais terem experimentado ao menos um real sopro socialista por lá. Cuba é América Latina e exceção.

E da China, desde o início do século, além de bilhões em produtos baratos das mais distintas categorias, surgem também doenças. Pandemias há anos trazerem surpresas, da gripe aviária a esta atual, com quase 4 milhões de mortos e despesas grotescas para o desenvolvimento a jato de vacinas. A negar qualquer responsabilidade, com censura a quem ousar ventilar poder ser um erro de manipulação, incluída prisão.

Algum tênue alento nos EUA, onde optou-se por não ficar com um presidente sem fleuma, estilo, charme ou até eficiência como gestor e estadista. Um rufião de segunda categoria com torcedores violentos.

Porém minha cara senhora, vejo que a maioria dos seres humanos vive sob o jugo da repressão, da censura, da falta de liberdade e sob ameaça de armas.

Aqui por esta Grécia estamos aparentemente seguros, apesar de nossos vizinhos turcos não serem exatamente confiáveis com seu Erdogan machista em sua peuso-democracia...

E já tivemos um passado grotesco e violento, recente. Veja um bom filme de Costa Gravas para isto.

Hoje, na Internet encontrará.

Estou muito bêbado para ajudar...

Boa noite."

Para um pouco sobre o grande cineasta grego que a escritora se refere, vejam abaixo.

Ditadores travestidos de "presidentes reeleitos"... a pseudo-democracia fajuta do século 21.

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