Um governo ruim de negócios...
Na grande expectativa de como retomar o crescimento, percebeu-se voltamos ao mais do mesmo. Desde Dilma, a condução da economia (algo deveria andar nas próprias pernas) tem sido uma seqüência de pequenas catástrofes.
Incluídas greves, reivindicações exóticas do funcionalismo público, a incapacidade de solucionar a questão do déficit da Previdência, a continuada compra de apoio de parlamentares para tentar destravar temas nacionais e a aposta em superministros se mostraram e mostram o padrão de sempre.
A procura de apoio dos militares (a volta ao que na economia nos tempos finais da ditadura foi miséria, com o país em início de hiperinflação e pescando apoio do FMI, por quebrados), o legislativo dividido e a gota que faltava: o judiciário resolver determinar os rumos políticos da nação, com juízes de primeira instância atropelando as regras, na procura de alguma promoção pessoal, a quiçá futuro político ou pousar em tribunais superiores, pelo conforto e segurança.
A resposta, independente se os reclamos surgem da direita ou esquerda, é a parada.
Sem projetos, com desemprego, informalidade, importações crescendo, custos apesar de negado, aumentando.
É como se a América Latina, excetuado o Chile e algumas ilhas caribenhas, talvez a Colômbia, se blindasse contra avanços.
O "quintal sujo da América do Norte" permanece assim.
A população assiste sem maiores interesses ao despencar das instituições na Venezuela, do empacar no combate à corrupção no Brasil, do crescente desemprego na Argentina com sua inflação renitente.
Somos assim, certa curiosa mistura de conceitos autoritários do século XIX com louca, predominante, procura pela estabilidade a vincular-se com instituições garantidoras, como as militares, o serviço público em geral, bancos oficias, polícias, etc.
Nossos grandes criadores de despesas, agora a lentamente quebrarem o país.
Podemos mudar? Esse governo se mostra incapaz e por sorte os militares procuram desvincular-se de maneira discreta. O papel de governo de "força" não vai bem.
Não somos Tailândia ou Nicarágua, muito menos Venezuela. A saída de cena em 1985 para irem à tarefa constitucional, defenderam a nação, é mantida por enquanto. Mas só isso.
O ex-capitão cabeça quente e gritador tenta agradar, todavia a discreta resposta é algo como: "nossa tarefa é outra, não somos juízes ou economistas."
Espero estar certo.