No cair das fichas.
A pensar em destino político, vejo o Brasil nos últimos 60 anos não foi exatamente abençoado. Mas em se tratando de rotina, talvez seja isso mesmo o que desejamos, nós fazemos nosso cruel destino.
Desde esbanjadores inconsequentes como nos anos 1950, esquerdistas fazendeiros de posição dúbia, militares raivosos de 64-85, um civil a morrer antes da posse, um vice a assumir a levar-nos a brutal inflação com métodos de coronel nordestino, um maluco sem medida a seguir, após algum tempo de paz até o erro crucial do partido no comando, em indicar e eleger uma burocrata sem méritos e nenhuma habilidade.
E agora nos confrontando com um ex-militar da ultra-direita de discurso perigoso, racista, sexista e inconsequente, que jamais ocupou qualquer cargo administrativo em sua vida.
Pior, homem que se eleito e empossado, já pede licença para afastar-se a operar as seqüelas de ataque sofrido. Pouco a fazer.
Veremos.
De qualquer sorte o esfriamento econômico, os 13 milhões de desempregados e o desinteresse de investir-se por cá é algo que quem assume deverá enfrentar.
A ser forte, disposto e corajoso.
No cargo não vale mais bravata e discurso de força.
Tem que fazer e bem feito.
E para aqueles novamente decepcionados com o que se apresenta, aqui em Macunaímalândia, sobra o voto em branco, nulo ou ausente.
Pelo menos não se futuca e cutuca a complexidade do "porque fui votar no..."