Poderia ser aqui...
A encrenca é razoável. O Ministério da Defesa da Alemanha, em estilo bem similar ao que ocorre em republiquetas teve gastos anuais de 150 milhões de Euros com, vejam só, "serviços de consultoria".
Contratando empresas, curiosamente em alguns casos multinacionais como a KMPG, provavelmente bem relacionada com vários governos e grandes empresas fornecedoras de materiais bélicos e produtos auxiliares.
Escreve a revista alemã Der Spiegel do constrangimento (ou algo mais) da ministra da defesa, Ursula von Leyen sobre o tema.
Logo no início de sua atuação contratou uma das chefes da gigante de consultoria McKinsey, Katrin Suder, como secretária-geral do ministério.
Logo em seguida, a KPMG recebe um pedido imenso para um relatório gigantesco sobre problemas de gerenciamento de processos de defesa, para "encerrar-se o caos reinante na compra de armamentos para a defesa".
Parece que na maioria dos contratos de consultoria, segundo o magazine, a coisa era mutreta mesmo. Consultores contratados com diárias de ouro e verificação de "como escolher tipos de móveis para instalações militares"...
Segundo o Tribunal de Contas Federal da Alemanha, em 80% dos casos não havia qualquer justificativa para contratar-se consultorias ou auditorias externas.
Enfim, farra gigante entre as empresas de consultoria com os militares e civis responsáveis pela defesa...
Não é à toa que mesmo na Alemanha, que imaginava-se vacinada contra o belicismo, a conta de gastos de defesa ainda é uma das maiores, após salários e pensões...
A invenção mais cara na história da humanidade não é física nem palpável. É um sistema, imaginado, porém operando: os governos.
Ralos gigantescos de bilhões em valores, impostos que somem para produzirem... nada. Mas inventamos, somos assim.