Intoxicação eletrônica
Sobre "Intoxicação eletrônica", o perigo dos pequenos serem cooptados pelas gigantes da informática e suas malvadas redes e produtos.
Meu pai tinha a mesma teoria com TV, proibiu até a adolescência; e revistas em quadrinho, tínhamos que esconder.
Sempre há um analista se prontifica a mostrar aquilo ser de domínio generalizado, e agradável, dever ser proibido. Nossos pais, principalmente se nascidos na Europa, nos consideravam perfeitos idiotas, desatentos e preguiçosos, influenciados por essas porcarias eletrônicas da TV e os impressos coloridos da Disney ou Marvel.
E depreciavam mais a nossos amigos, por assistirem TV e ler gibis, liberados por "nativos" pouco entendiam de Kultur...
Provavelmente seus pais, nossos avós, tinham a mesma interpretação, pois seus filhos utilizavam impensáveis e fedorentos automóveis assim como a curiosa luz elétrica. Já nós temos hoje a mesma preocupação com nossos pequenos, assim nossos filhos com nossos netos.
Redes sociais são tóxicas, Spotify leva a desinteresse em música, Facebook é fascista, etc.etc.etc.
É o ciclo.
E mesmo assim, intoxicados, avançamos em robótica, algoritmos que simplificam a vida como AirB&B, Uber e a zorra toda. E quem elabora isso são os idiotas envenenados no passado por TV e revistas de Batman, cujos pais tinham certeza 'não dariam em nada'...
Lembra um pouco a história dos Irmãos Wright, aqueles, excetuado no Brasil, dizem inventaram o primeiro engenho voador prático : quando apresentaram a um pessoal da cavalaria gringa imaginando vender o produto, o militar-chefe achou graça, mas não "via qualquer uso" naquilo, além da fumaça tóxica que desagradava, saindo dos motores... Cavalos venciam guerras.
Idem os Irmãos Lumiére, apresentado um seu filme, os jornais da época diziam cinema ser uma brincadeira de pouca duração e um tanto tóxica e temerosa para mostrar às crianças.
Enfim, tudo é tóxico, de uma forma ou outra.