Coprofagia, copromancia, copromanta...
Seria um livro polêmico Jonas, O Copromanta da Patrícia Melo (Cia. das Letras, 2008)? A iniciar pela capa do Kiko Farkas, o disainer maior. Este emaranhado gráfico sutil, ligado à temática do volume, com letras infantis... bem... Texto lastreado em Rubem Fonseca e seu Secreções, Excreções e Desatinos (mesma editora, 2003). Não o mais feliz no apanhado literário fonsequiano, mas, from time to time, as coisas não andam como desejadas. Nem nas artes da pena.
Desconfiado de dura crítica detonada por um bam-bam-bam com conhecimentos na área, e, escrevamos, mais neutro aqui pela ignorância inata aos não profissionais, resolvi ler o troço.
Em se tratando de escatologia, surpreendi-me com a dedicatória: Para John, tudo. Com margem a interpretação dúbia. E mil perdões, claro. Nem conheço a moça; para entender dedicar coprologias ao ilustre maestro, seu marido. Mas se ventiladores suportam, os livros também.
Iniciei.
E desisti, após vinte páginas. Joguei a toalha, enlameada. A mistura de criptologia misteriosa com bibiliotecas e anotações sobre a morfologia de diários cocôs, é, lamento, sem graça. Sem ritmo. Sem sequência cativante. Monótona
Nem dá pena, ou curiosidade, o martírio psíquico anti-sanitário do Jonas, personagem, sempre desconfiando de vil plágio pelo mestre. E seria Fonseca capaz disto? Ora...
É como ler um manual antigo de cura pelas águas, não cativa.
A procura de explicar com estranhos garranchos enrolados um conjunto de fezes pretensamente observadas e desenhadas (louve-se Kiko Farkas pela acribia no traço dos recorrentes submarinos semi-imersos), sei lá...a tentar dar ao livro afluente do Sr. Fonseca algum lastro mais nobre só deu com os torpedos no vaso.
Aperta-se o botãozinho, somem. Guarda-se o livro, na estante. De alguma forma também some.
Somos assim, há vezes nas quais não nos encantamos com uma ou outra obra do bom autor.