John Gavin
Interessante como Hollywood ou os EUA em geral ajustam os nomes, para cachear a origem. Tornando os indivíduos mais palatáveis para o conservadorismo da maioria branca anglosaxônica.
Por aqui, mistura de origens, apesar do peso maior na latinidade, não damos valor a isso. Tanto que ao contrário de americanos judeus, brasileiros judeus raramente alteraram e latinizaram seus sobrenomes, apesar de ocorrido em Portugal no passado distante, dai tantos Pedreiras, Pereiras, Macieiras, Pratas, etc...
Cristãos novos, como se diz.
Já a capital do cinema ajusta os nomes para o público não rejeitar os não-gringos e não-ingleses, não-irlandeses e por aí vai. Daí Kirk Douglas ser na verdade Issur Danielovitch. Nomes escandinavos e alemães ainda são aceitáveis, vide Schwarzenegger ou Trump. E raros latinos de destaque, como Antonio Banderas. No passado se iniciada a carreira nos EUA, certamente seria Tony Flags ou Anthony Bander...
Todavia muitos tiveram os nomes ajustados, para mim alguns até surpresa.
Por exemplo o ator John Gavin, laureado e com cara de gringão com pés na Escócia ou Irlanda.
Porém seu nome de batismo é Juan Vincent Apablasa. Seus pais são de origem mexicana e chilena.
Divorciada a mãe, casou com americano e o padrasto alterou o nome do pimpolho para John Anthony Golenor. E como ator virou John Gavin...
Mas não descuidou de suas origens, falava espanhol e, curiosidade, português fluentemente. Com algum interesse político e apoiando Ronald Reagan, acabou nomeado embaixador dos EUA no México.
Bem aceito, homem de suave diplomacia, azeitava as relações entre os dois países.
O Juan ajudou ao John... somos assim.