Eleitor?
As últimas eleições municipais no país demonstraram algo previsível : cansamos de ser solicitados a esse "nobre" ato, com chantagem contra emissão de documentos. E preferimos não ir, a "justificar" ou pagar multa.
Dizem os tribunais as estatísticas estão erradas (pois seria a maioria eleitora por "sigla"), os falecidos ou que mudaram constam ainda como aptos.
Já os votantes em branco ou anuladores, bem não há erros.
Agora, pressionados pelas empresas vendem esses equipamentos, os tribunais eleitorais pedem novo cadastramento "biométrico". Mais uma vez o cidadão, a mando dos políticos não abrem mão do voto obrigado, pode se curvar às ordens do poder público.
Curiosamente no caso da Previdência, emitida a certidão de óbito, imediatamente cortam os benefícios. Mas aos tribunais eleitorais não se informa da morte do cidadão.
Porém há algo mais : percebemos deseja-se apenas nossa ida e votar em fulano ou pastor. Eleita a criatura, sumirá como um peido ao vento.
A partir desse instante, munido de seus "direitos", engajar-se-á em garantir mais mandatos e gorda aposentadoria, pois a muitos após dois termos os proventos hasta la muerte já são garantidos.
E o público cansou.
Excetuadas as poucas lideranças "combativas", já de olho em cargos públicos, o povão não quer mais saber.
Perguntam alguns: e qual a alternativa?
Em tempos de Internet e celulares, penso itens maiores da hoje democracia representativa poderiam ser decididos por consultas e votos não obrigatórios por via eletrônica à distância. Se podemos movimentar somas em bancos, podemos votar com segurança. Não deve ser sistema complexo de fazer.
Evidentemente políticos morrem de medo disso, como por exemplo deixar o público decidir sobre a validade de carteiras de motoristas (e a boquinha dos exames pendurados na emissão) ou alíquotas de impostos e obrigação ao serviço militar.
Na verdade é Hegel em ação. Apesar de pintados com democracia, a rigor somos apenas servos de políticos e seus apadrinhados no serviço público.
Hora de mudar?