Gastar

Entre a copa de futebol de 2014, as olimpíadas de 2016 e a compra de caças na Suécia, gastou-se dinheiro público (entre valores do tesouro provenientes de impostos e patrocínios por estatais) algo em torno de 100 billhões de reais.

Nada relevante para um país que tem reservas de 340.000.000.000 de dólares ou 1 trilhão de reais, aproximadamente.

Ou seja, para cada brasileiro existe uma poupança em títulos do tesouro americano (a aplicação preferida de governos do Brasil e China) de 55 reais. Pouca coisa individualmente, mas a soma é robusta.

Os números na verdade são inimagináveis. Podemos ter uma noção de 1.000 reais (1.000 moedas de 1 real) e avaliar, mas já cansaria contar. Já 10.000 reais em moedas, não sabemos como. Transformamos portanto em 100 notas de 100 reais, já há melhor percepção.

Porém um trilhão de reais, 1.000.000.000.000 de moedas de 1 real, nos perderemos, totalmente.

Muda-se a escala.

Um jato novo de 150 passageiros custa em torno de 100 milhões de reais. Porém é comparação simplório e de difícil avaliação. Vamos à outra: Um hospital moderno com 100 leitos, pode-se fazer com 100 milhões de reais.

Ou seja se o valor gasto na copa, caças e olimpíadas fosse convertido em hospitais, teríamos 1.000 hospitais novos de 100 leitos.

Mas como hospitais não divertem o público, pelo contrário, nem criam renome internacional, opta-se por outros gastos mais alegres e eleitoreiros.

Escreve um grande jornal de hoje, cada medalha brasileira ter custado ao redor de 194.000.000 de reais. O equivalente a 388 apartamentos bons em Salvador, por exemplo.

Enfim, é tudo apenas uma questão de escala...

Cada caça para 1 piloto e defender Brasília de ataques de nossos inimigos ficará em torno de 25.000.000 de dólares. Um jato comercial de 120 lugares fica pelo mesmo preço.

Escala, apenas isso...