Donaldinho Cabelo Bom
Mudando o foco para fora do país, pois por aqui está muito chato (na realidade, estamos no limiar de certo colapso por excesso de chatice), acompanho como meio planeta a ascensão de Donald Trump a forte candidato à presidência da Gringolândia, pelos republicanos.
Aqui um comentário inútil: a velha democracia ianque jamais avançou além do bi-partidarismo. Fla-Flu forever.
O sujeito é contra imigrantes e quer barrar, com um novo muro de Berlim ao sul, a entrada de nós latinos cucarachas colhedores de morangos, laranjas, lavadores de pratos e ninadores de bebês. Quer uma América mais policial, combativa, controlada. A favor do empreendedorismo, a não negar ascendeu assim.
Neto de alemães, imigrantes como os cucarachas, casado em primeiras nupcias com Ivana, uma fogosa imigrante checa comia os barões dos imóveis em Noviiorque. Até um quebra-pau terrível e divórcio milionário do Donaldinho Cabelo Bom.
Em segundas núpcias achou uma franguinha bonita, imigrante da Eslovenia, Melania. Ex-modelo (infelizmente a conotação modelo para os maldosos pode ser ampliada para algo, digamos, mais profissional, a depender do aspecto e da quantidade de silicone...). Pedaço de mau-caminho, não resistiu.
Mas espinafradas à parte, Trump como show-man televisivo e dono de cassinos, além de metido a machão com beldades do Leste Europeu, pode ter sérios problemas com o eleitorado feminino americano.
Talvez por isso sua assessoria evita a atual esposa apareça com muita freqüência... Mulheres se preocupam com maridos namoradores e jogando em cassinos.
Talvez nisso aposte também o segundo colocado nessas prévias complicadas dos caubóis, o meio cubano Ted Cruz, mais à direita da cruz que Edir Macedo por cá.
Com sua loira classe média americana, Heidi, a desfilar como a mãezona cuidadora da prole e das gravatas do marido, pensa conquistar o público feminino.
Vamos ver o que dá.
Por aqui isso não é um problema. De Figueiredo com a estranha Dulce fingindo casal feliz, Collor com a moleca de Alagoas a cornear a coitada sem perdão, o divorciado Itamar, FHC com sua Miriam, Lula com outra Miriam chegamos à divorciada Dilma. Sarney talvez exceção ou ultra-discreto.
Infidelidade de casais proeminentes em política não nos interessa muito, além de ser quase regra. São assim.
Fidelidade e compostura é mais para eleitoras gringas. Mas Roosevelt, Kennedy e Clinton provaram também não ser tão importante...