Aposentado...
Bem, o que dizer disso? É um tanto frustrante, quase uma declaração de olha-aí-ô-inútil-agora-você-passa-a-mamar-nas-têtas-do-governo.
Lembro-me quando perguntei a um bom amigo qual era o mistério da cidade do Rio de Janeiro, que pouco ou nada produz, tem indústria modestíssima e toda sua atividade financeira, forte no passado, hoje é paulistana.
E ele me respondeu: aposentadorias e turismo. A cidade, ex-capital, é movida pelo dinheiro de milhões de aposentados que lá moram ou a ela retornaram.
Outro amigo, a quem passo minha dúvida se aos 59 anos e atingido o tal fator 95, já seria o momento de receber esses valores, detonou: e por quanto tempo você contribuiu? E seu empregador? Isso não é um presente, cara. É um seguro, merecido.
E completou: mal pago, pois a contribuir pelo máximo e receber 36 anos após algo em torno de US$ 1.200, só quebra um galho se aposentado por cá, apertando o cinto. Se fosse viver em um desses "não-emergentes", hm, seria caso social. (Salário mínimo EUA, US$ 1.920).
Pois é... vejo agora que como aposentadoria é "renda", ainda pago imposto sobre isso.
A razão de ser denominado imposto, bem, é obvia: é obrigatório.
Porém nunca me abandona a interpretação da denominação "impostor"... Alguém que é falso, impõe algo que acreditamos de boa fé.
Imposto e impostores, curiosa complementação, à portuguêsa.
Mas, é nossa língua, somos assim.