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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Aposentado...

Bem, o que dizer disso? É um tanto frustrante, quase uma declaração de olha-aí-ô-inútil-agora-você-passa-a-mamar-nas-têtas-do-governo.

Lembro-me quando perguntei a um bom amigo qual era o mistério da cidade do Rio de Janeiro, que pouco ou nada produz, tem indústria modestíssima e toda sua atividade financeira, forte no passado, hoje é paulistana.

E ele me respondeu: aposentadorias e turismo. A cidade, ex-capital, é movida pelo dinheiro de milhões de aposentados que lá moram ou a ela retornaram.

Outro amigo, a quem passo minha dúvida se aos 59 anos e atingido o tal fator 95, já seria o momento de receber esses valores, detonou: e por quanto tempo você contribuiu? E seu empregador? Isso não é um presente, cara. É um seguro, merecido.

E completou: mal pago, pois a contribuir pelo máximo e receber 36 anos após algo em torno de US$ 1.200, só quebra um galho se aposentado por cá, apertando o cinto. Se fosse viver em um desses "não-emergentes", hm, seria caso social. (Salário mínimo EUA, US$ 1.920).

Pois é... vejo agora que como aposentadoria é "renda", ainda pago imposto sobre isso.

A razão de ser denominado imposto, bem, é obvia: é obrigatório.

Porém nunca me abandona a interpretação da denominação "impostor"... Alguém que é falso, impõe algo que acreditamos de boa fé.

Imposto e impostores, curiosa complementação, à portuguêsa.

Mas, é nossa língua, somos assim.

Será que isso faz parte?

Comentários (clique para comentar)

Dão - 03/03/2016 (13:03)

Faço parte dessa grande massa de aposentados. O que me revolta é termos que pagar imposto sobre a aposentadoria como se ela fosse realmente uma renda!!!! Pura sacanagem.