Estamos na merda, companheiros!
Em 2003, pouco após Lula "tomar posse", esse termo curioso, do poder no país, em conversa com renomadíssimo assessor de imprensa sobre a new age a instalar-se, esse apenas disse: será a maior farra de corrupção na história do país, eu os conheço bem.
Fiquei pensativo, visto o jargão do partido ser fazer sem mutretas e maracutaias, longe dos picaretas de plantão.
O big brother operário governando com correção para a maioria operária. Um de seus primeiros atos, a compra do Aerolula Air Force 51 foi um balde de água fria, mas não houve maior descrédito, no estilo ele-merece-é-batalhador...
Após seu segundo mandato, quando procurou eternizar-se ou fechar um ciclo para a reeleição, e forjou a avatar Dilma, pensei novamente: isso nunca dá certo, vejam Bush pai, Celso Pitta, Haddad e outros avatares sem forte passado político.
Ambos estávamos certos: nunca na história do país a corrupção como nesses 13 anos foi tão intensa, agigantando-se.
E avatares sempre são calamidades em governos.
Não existe hoje no país qualquer ilha (me perdõem as Marinas e alguns tucanos se colocando como opções) de correção. Ou de algo novo. A política em nossa terra é balcão de negócios e corrupção, praticamente sem exceção e sem matiz ideológica. Não temos estadistas a pensar na nação, apenas picaretas que no momento da posse já procuram negociar a reeleição, de olho nos vencimentos e cargos para protegidos.
Quanto a avatares, de fato não funciona. Se alguém elege um poste, ele é apenas um poste.
E nada mais.
A atual presidente, pela própria confusa locução, não é personalidade de liderança. Nem sua fama de grande gerente se manteve. Não existem bons gerentes em governos, não é possível ser, os gerenciados jamais colaboram.
Basta ver nosso prefeito aqui de São Paulo, outro avatar e sua caótica administração, hoje centrada em ampliar ciclovias vazias, punir motoristas e um estranho fetiche com a avenida Paulista, um lugar horroroso de asfalto e prédios acinzentados de poluição, que deseja transformar em área de lazer.
Alguns jornalistas até se entusiasmam com o "sucesso" das ciclovias e o fechamento da feia avenida, mas a realidade é a modesta utilização dos caminhos para raros pedalantes e o comércio se afastando da área daquela avenida.
Pagamos agora o preço pela entusiasmada escolha de governantes, cuja única meta é o poder inconsequente.
Erramos, somos assim.