Respeitosos... será?
Hoje um comentarista da estatal de TV, a Cultura aqui de Sumpa, Salomão Schwartzman, em sua rotina de debulhar os assuntos do momento, considerou as continências dos jovens milicos participantes dos jogos Pan em Toronto, como “respeitosas”.
Penso a saudação militar, hoje quase padronizada pelo mundo com a continência, é apenas gesto de cumprimento como outro qualquer. Mais nada.
Evidentemente não a vejo como “respeitosa”, porém isso é algo pessoal meu, tenho sérias restrições a sistemas militares, penso, por sorte, mundo afora, em franco descrédito.
A partir do ataque dos malucos em 2001 derrubando o World Trade Center em Noviiorque, com uso aparentemente de facas e ameaçando tripulações de aviões civis, a grande defesa militar não se mostrou preparada para nada. Os serviços secretos menos ainda, nada detectaram antes.
Enfim, militares são funcionários públicos como os demais, sem procurar riscos, engajados na autenticação de cargos, promoções, soldos e reformarem-se com conforto.
E quando algo dá errado, a culpa é essencialmente dos outros, “não nos deram as condições adequadas”...
Assim os alemães em Stalingrado, a maior derrota de milicos se consideravam invencíveis.
Por aqui, há muitos anos, séculos quase, se debruçaram mais em infernizar a vida dos civis e gerar a expectativa de soluções para a vida em sociedade, ao invés de defender país e fronteiras. Golpistas e caudilhos primários, alguns até hoje.
Excetuada a curiosa briga dos fardados argentinos nas Falkland-Malvinas, procurando expulsar quem por lá desde 1827, de resto ficou apenas o renome de meio despreparados, truculentos e vingativos funcionários de governo. Na Venezuela, com Chavéz, ainda houve certo doentio culto ao coronel para-quedista.
Todavia hoje militares desejam apenas, como disse, soldos e boas pensões. Sem riscos. E bem pagos nos deixam em paz...
Quanto ao jovens atletas de suas fileiras, induzidos pelo chefe do comitê (um uniformizado) a bater continências à bandeira, basta ver as fotos ao lado e tirar suas próprias conclusões.
O desejo ser parte de uma comunidade, com a mesma caracterização, como babuínos e obedecer ordens, ainda é parte de nosso instinto primata. Somos assim.