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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Os tempos andam malucos...

Evidentemente não como nos anos 1940, ali sim imagino poder-se-ia dizer as coisas andavam de cabeça para baixo. Existe relativa paz desde o final da Segunda Grande Guerra, aquilo veio depois é briga de pátio de escolas.

Mas nesse início de novo milênio, algumas coisas nos levam a pensar. Será como daqui em diante?

Por esses dias acompanhei o assassinato em massa na Tunísia, a liberação do casamento gay nos EUA e a falência da Grécia. Além de outros casos, próximos e menores.

No fundo pouco a dizer. Procuramos certa lógica e coerência no caminhar da vida, mas, sinceramente: será isso mesmo que desejamos?

O jovem idiota de Kalishnikov a atirar nos turistas inglêses já se tornou a rotina da imbecilidade moderna. Pagou com a vida, muito caro por ato desses. Imagina-se depois no paraíso, todavia um alerta: não existe, nem há por lá 72 (quem inventa esses números?) virgens disponíveis para ele. No máximo minhocas a devorá-lo, lentamente.

Mas imbecilidade não tem preço, o resto observa. Tanto ninguém deu muita atenção aos turistas inglêses massacrados, nem dignou-se alguém de peso daquele governo de Sua Majestade Serena ir até a Tunísia ajudar nas questões e expressar solidariedade. No fundo houve até certo muxoxo: porra, também, na Tunísia, isso é lugar de férias?

Quanto ao casamento entre sexos iguais, complexa a questão. A tendência hoje é o agressivo: “ora, qual o problema?”, ventilada a questão.

E se ousar discutir o assunto, surgirá quem diz: “hm, você deve ser veado ou sapata, ´seu´ enrustido... " ou seja: aquilo que não é aparentemente um problema, torna-se ato de agressão, no estilo você- deve- ser-"sua"- bicha!”

Pelo meu mais nojento e baixo instinto, coisa abominável, vejo de forma humana (é, existe esse lado humano também): começo a rir, para dentro, quando um casal de senhores se atraca. Com certa repulsa (êta homofobia desprezível!)

E como todo perverso porco chauvinista, me encanto com moças se atracando, de preferência ambas belas, no estilo “deixa-eu-participar”? Algum nefasto companheiro de perversão deve editar revistas masculinas, pois a temática moças-com-moças é bastante difundida. Assim na cinematografia.

Já quando homens se atracam em ilações eróticas, em revistas ou filmes, boa parte do público detona apenas um nefasto “eca”. O amor entre peludos ainda requer altivez moral maior daqueles, a maioria, ainda bem, não se dizem homofóbicos.

Já o golpe financeiro grego é para o mundo dos negócios tão expressivo e fulminante quanto a separação de atores de cinema. Todo mundo comenta, porém não há qualquer conseqüência. Os gregos ricos, como boa parte dos endinheirados brasileiros, já deixaram seus valores em instâncias seguras, off-shores e países que fazem disso bom negócio, como o politicamente sempre correto mas esperto Uruguai, por exemplo. Outra grande parte da população guarda em espécie, em casa. Assim fazem milhões de argentinos, até hoje, com boas razões, sem confiar em governos ou bancos.

Somente se ferram os poucos dependem do governo em seus vencimentos: aposentados e funcionários públicos. Os primeiros pagarão a conta, os demais, estáveis (regra mundial) farão as usuais greves, o governo cederá cortando em outras áreas e aumentando impostos. E o calote estará consolidado.

Os inventores da democracia têm grande experiência em calotagem, será apenas mais uma vez. São assim.

Atrai os porcos chauvinistas, sempre.

Pobre aposentados gregos, hoje brigando às portas dos bancos. Aos velhos, a dureza do estado falido.

Rara imagem do idiota que metralhou os turistas na Tunísia. Atrás os que de alguma forma acuaram o bobão, até os policiais matarem.

Comentários (clique para comentar)

Alegorino Sampaio - 24/07/2015 (09:07)

Divertido, pelo visto muitos não leram com a necessária interpretação irônica.

Hermógenes de Castro & Mello - 06/07/2015 (09:07)

O curioso, me parece, é que os críticos pelo visto só leram a parte "homofóbica", com uma exceção. Pois é, opinião formada, não se muda...

Hermógenes de Castro & Mello - 03/07/2015 (11:07)

Hm, quantos elogios...

tzumba@gmail.com - 03/07/2015 (11:07)

Que pobreza de terxto, que desperdício de espaço público. Chauvinista, como o autor mesmo admite, homofóbio e perverso. Sem medo de escancarar sua baixeza ao público. Não o conheço, lia de tempos em tempos (o blog tem outros melhores autores) mas agora encerro, saio da lista. A estupidez do fascismo não se aniquila assim tão fácil, seus braços ainda continuam a alcançar, até na aparentemente inocente escrita. Sou contra censura, mas no caso desse Hermò, confesso surge certa dúvida. Pequena dúvida. Tomáz Zumba.

Kertzman, Julius - 02/07/2015 (14:07)

Nenhuma dúvida que os homofóbicos como aparentemente você é, Hermó, não merecem a consideração da eventual polêmica. Não concordo que os homofóbicos são enrustidos homoeróticos, mas não vejo seu texto como base para uma saudável verificação da condição humana, pois denota apenas um antiquado conservadorismo, machismo imbecil, ignorando a nova realidade exposta: sim somos homossexuais, não temos problemas com isso e quem nos discrima, como você, é quem aparenta ter graves problemas comportamentais.

Rita - 02/07/2015 (11:07)

Não vejo nehum problema no amor dos iguais. Eh belo e moderno. Voce eh porco mesmo.

- 02/07/2015 (11:07)

Fradinho porco, sempre foi.

Cruz - 02/07/2015 (09:07)

Hermó, o público não quer ler isso, a realidade. Não pega bem, a hipocrisia é necessária, sempre. Pense se sempre fosse divulgado que a maioria dos integrantes do exercito grego não fazem nada, só recebem. Que a aposentadoria média dos gregos (e 25% são aposentados naquele país) é de 900 Euros, 3.300 reais. A realidade não interessa a ninguém.