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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Nouvelle vague

A Nova Onda em nossa grande nação é elogiar e apoiar aquilo não ocorre. Ou claramente ocorre às avessas, como se estivesse tudo em ordem.

Caso dos mais doidos são as ciclovias paulistanas, a grande obra do atual prefeito. Todos a favor, todos elogiam. A menor crítica dispara ira e revolta. A imprensa apoia sem comentários.

Ninguém usa, estão vazias.

Ninguém vai ao trabalho de bicicleta, excetuados os estimados poucos 0,6% daqueles se movimentam pela cidade ou na diversão aos fins de semana.

A implantação é mal-feita, em ladeiras, em frente a comércio necessita de desembarques, as tintas já se dissolvendo (claro, alguém já vislumbrando gordo contrato da prefeitura a repintar...)

Apoiamos, elogiamos, votamos e reelegemos a presidente. Cobrimos de mesuras, a dizemos ética, correta, inteligente.

Mão forte no comando, comentava-se. Assim sua colega na direção da mega-estatal de petróleo, elogiada.

O país rumando à paradeira industrial, escândalos de corrupção em praticamente todos órgãos públicos, a inflação retornando, o dólar mais caro a cada dia.

Ambas oficialmente informam de nada sabiam acerca da mega-marmelada, envolvendo os partidos e grandes empreiteiras.

Muitos insistem na teoria da lisura, apoiam iradamente. Seria até discriminação, por serem mulheres.

Mas somos assim, é de nós humanos.

Caso curioso é o de muitos nazistas convictos, mesmo confrontados com a maluquice dos campos de concentração e sua barbárie, provado com fotos, exposições e encontros com sobreviventes, simplesmente negarem o fato.

Um deles declarou ao oficial inglês o interrogava em processo pós-guerra denominaram "desnazificação", estar ciente e convencido daquilo ocorrera, porém era impossível a ele culpar Hitler.

"Ele não faria isso! Com certeza não sabia de nada".

Pouquíssimos usam. É cansativo, a geografia da cidade é complexa para isso.

A correção política porém impede dizer que não funciona. "Até em Nova Iorque..." começam as frases de irrestrito apoio.

Nos bairros populares, como aqui na Barra Funda, sem qualquer uso,

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