Praça da República, São Paulo
Fazia alguns anos que não andava por lá. Pensei que a renovação, as intervenções e o discurso tivessem surtido efeito.
E aquela região que conheço apenas deteriorada (e já moro por aqui há 57 anos), surgisse bela e renovada.
Não foi o caso, permacece imunda. O parque antigo, mal cuidado. Porco. As lagoas fétidas. Craqueiros por todos os cantos, caídos entre as árvores. Menino já era lembrado pela mãe evitar a área.
Com seu charme? Não sei, enfiei a carteria na cueca, alguns tipos me pareceram bem dispostos a aliviar o incauto de seus bens terrenos...
Fui embora rápido, o cheiro de urina e fezes é um tanto intenso.
Li em algum canto era nossa praça de corrida de touros, antes da república enviar Pedro II ao desterro; e o espaço virar parque com nome pomposo.
Seria interessante retornar a picadeiro de touradas, todavia o hábito anda condenado, penso só na Espanha as corridas ainda sobrevivem, mal e mal...
1 Um dia aprenderei a decifrar esses códigos, paulistaníssimos. Pena que não embelezem muito a arquitetura caleidoscópica da cidade.
2 A baiana paulistana. Sem charme. Me disse que na verdade é da Paraíba...
3 Da arte dos quadros cafonas da "feira hippie" à adaptação latinoamericana, com os bonecos dos personagens Chavez, mexicanos.
4 Os novos modestos imigrantes do sudestes asiático, gostam do local.
5 E a alegria do migrante, a retratar a "mina", por cima da ponte da lagoa podre.
6 Fúria sinalizadora. Vantagem para quem fabrica, claro. Mas a burocracia e "regrismo" chegando em todos os cantos.
7 Uma pausa para o cigarro e um pouco de música. Novos tempos de afluência, com muitas calorias, nos deformam...
8 O morador de rua, alegre com o prato pescado do lixo, quase intacto.
9 Deve ser uma das poucas estátuas homenageando ingleses por essa cidade. Baden Powell, inventor do escotismo, uma coisa meio militarista para meninos.
10 E o sucesso da feira, aplaudida discretamente. Mas com modéstia, a repressão ao assédio já surte efeito, uma boa notícia...