MH 370
Evidentemente é de surpreender o sumiço do avião da Malásia, um robusto Boeing 777, modelo com nenhuma anotação de queda por falhas mecânicas. O único acidente foi com coreanos em São Francisco nos EUA, ano passado, aparente barbeiragem de comandante menos experiente.
O caso malaio é trágico, pela rota aparentemente seguiu para local ermo no Índico Sul, a sinalizar suicídio do piloto (sim, isso existe, nas cabines de comando também estão almas sofridas ou malucos e fanáticos) ou, talvez, terrorismo.
Entretanto a parte curiosa, em pleno século XXI, é não haver maneira de verificar melhor posição de aeronave com 300 passageiros, todo o tempo, o tempo todo.
Uma terceira hipótese seria uma explosão com fogo na cabine de comando, morte de ambos mas assim mesmo a aeronave seguiu o curso, até o final de seu querosene. Pouco provável, porém.
De qualquer forma, nada foi encontrado após 3 semanas de buscas e os esforços são consideráveis.
A nos amedrontar e alentar, simultaneamente. Ou seja : lá fora no vasto oceano podemos nos perder e nunca mais saber-se de nós.
Por um lado.
Pelo outro, curiosamente, alivia perceber nem sempre alguém sabe por onde andamos. E haver locais "sem cobertura", seja de qualquer espécie.
Talvez o vôo MH 370 jamais seja terminado, a exemplo do Holandês Voador continuará seu eterno navegar e de tempos em tempos alguém dirá tê-lo visto...
E isso é bom, pois faz-nos imaginar coisas, romantizar casos e manter como heróis aqueles, em momento de imenso terror, tenham despencado no mar, para sempre.