Tem algo podre...
A ação perfeitamente coordenada, coisa diria de militares. A foto do carro de polícia tombado, primeira página, sem interferência da própria. O ataque modestíssimo àqueles que sabemos precisamos, apesar de abusarem de nossa paciência.
Como bancos, empresas de telefonia e seus lucros assustadores. Ou à instituição vazia, como a casa dos vereadores no Rio, mas sempre sem sucesso, o incêndio nunca vai adiante.
O grande público em frente da TV exclama: “que absurdo!” e “esses vândalos...”.
Protestar pode, mas destruir propriedade, isso não...
E o prestígio da presidente em plano de reeleição subindo, protestos não há mais. Médicos importados chegando de jaleco, tarifas de ônibus iguais.
A oposição não existe. Temos hoje, mundo afora, apenas governo e povo. Acertou o filósofo Hegel: Só existem senhores e servos.
Servos que hoje são enganados com sutilezas nem sempre perceptíveis, a permanecerem cativos. Como falar do “direito ao voto no Brasil”. Direito ao voto? Obrigação com chantagem, a não tirar passaporte, casar, conseguir emprego e declarar imposto.
E tenho a leve impressão sermos servos manipulados. Os “black-blocs” presos nunca são mostrados na TV, ninguém sabe se de fato são levados e julgados. Ou seriam policiais guiados para showtime? A deixar-nos com ares indignados? E condenarmos qualquer protesto, além do medo adicional que incutem nos bobões pensavam governos se sensibilizam com marchas.
O resultado prático do movimento de junho foi: a mesma corrupção, IPTU punitivo para 2014 em São Paulo, nenhuma desburocratização, nada de reforma política e o STF se mostrando servo dos senhores do governo, a não morder a mão que os alimenta.
Alguém está nos fazendo de bobos... não é, senhores marqueteiros?
Somos assim, enganáveis. Porém não me canso de citar um político talvez honesto, Abraham Lincoln (ou estaria ele falando de experiência própria)?
Você pode enganar alguns por algum tempo, pode enganar todos por algum tempo, mas você não pode enganar a todos todo o tempo...