Curiosamente...
Tendo escrito sobre aquilo “O que imaginamos não existe”, a tratar das questões divinas não tão bem resolvidas entre nós humanos, de levar a guerras e explorar ingenuidades sinceras de desavisados fiéis menos esclarecidos, me deparo com artigo interessante de Antonio Cicero, neste domingo passado em jornal paulistano.
Contra-ponto: obviamente coincidência por não o conhecer, nem ele a mim; e duvido algo ter lido do amador aqui.
”Astúcia do Diabo”, seu título.
Discorre sobre a “racionalidade por trás da crença no demo...”, “o arquiinimigo de Deus...” e por aí vai.
Cita referências vetustas e polêmicas, como o filósofo proto-nazista Heidegger, Adorno, o profeta Isaías, João Cabral de Melo Neto e Freud, com suas divagações sobre o tal malvado príncipe, ou anjo caído, e sua credibilidade. Ao qual, em ato falho curioso, atribui-se no título inicial maiúscula.
Escrito em grande velocidade, me pareceu. Sem crítica nisto, divagar rápido não é questão a depreciar. O estilo, porém, muda; tanto ser isto a partícula que surgir no texto de aproximadamente 600 palavras por volta de 50 vezes, recorde em minha abestalhada estatística.
”Coisas do demo”, quando nos persegue, diria compadre Virgolino Ferreira; aceleramos, queremos terminar logo, livrar-nos da imaginada presença do capetão...
Bobagem minha, advirta-se.
Em certo ponto o tal que quase poeticamente passar a metralhar o texto: “Além disso, provavelmente lhe parecerá mais induzir à tentação as pessoas que sequer acreditam que ele exista do que as que o temem.”
O texto Uzi: rápido, com “stacatto” potente, a imprimir no leitor sim, ser aquilo mesmo.
A aprender, portanto.
Somos assim, sempre aprendendo.