Foto do Hermógenes

Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Adeus!

E lá vai o tio, aos 83. A provar que médicos sempre vivem por mais tempo. O irmão, advogado fez menos. O mais novo de todos, a contrariar as previsões, seguiu primeiro. Ele é o terceiro a embarcar nessa epopéia o inconsciente não permite trazer detalhes à tona, por razões nossa razão não deseja conhecer.

Ligeiro, ágil, macérrimo, contumaz leitor, apreciador de um bom trago. Um bom prato porém não o interessava. Talvez o segredo da longevidade. Contador de casos e deixou claro, a Deus e ao mundo: só fazia o que queria.

Após os quarenta largou a Medicina, tornou-se fazendeiro, nos cantos mais remotos.

Adiante vendeu tudo, viveu do que deu, até o fim. Nada material para a posteridade, apenas boas lembranças.

Bem casado, religioso, filhos autônomos e modernos.

Adeus amigo!

E um dia nos tornamos terra, ar, mar, nuvens e água. Regra sem exceção.

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