Discriminação.
Acho tanto trágico ainda nos depararmos com isso. Mundo afora. Discriminamos, sempre. A razão é complexa, algo tribal primitivo no ser humano, resquícios de nossa origem de bichos.
Afinal babuínos só andam com babuínos. E se há variantes, raramente interagem mesmo reproduzam.
Leões e tigres podem cruzar, todavia é ato excepcional, se odeiam.
Descendentes de japoneses casam preferencialmente com outros descendentes de japoneses, negros casam com negros.
Porém entre nós humanos modernos sabemos não há razão específica para isso, mas é o que ocorre. Os grupos se mantém, seja por etnia ou religião, poder econômico e assim por diante.
Racialmente iguais (só existe o gênero humano, as variações são mínimas e irrelevantes), os cruzamentos são saudáveis e férteis. Porém a forma amendoada dos olhos ou o tom diferenciado da pele pode levar a horrores, como os séculos de escravidão nas Américas.
Hoje vejo reportagem da Folha referente cruzeiros da Disney.
As cabines internas, mais baratas, vêm agora equipadas com varandas fajutas e um telão, aparentemente projeta a imagem do mar, forjando a desejada cabine externa.
Nada contra a “cinematografia” arquitetônica.
Porém o casal, vejam as fotos, a utilizar a cabine, foi escolhido com critério esdrúxulo: negros.
A eles o direito ao cruzeiro, entretanto em cabine interna, mais barata...
Somos assim, discriminamos e somos discriminados. Estranhamente humanos enfim.