Coisas dos dias de hoje.
Por Abrão José Pereira Zuckerman, advogado de São Paulo.
Um jornal dos grandes, aqui de São Paulo, noticia em certo caderno especial sobre a Rússia, a rejeição que 65% dos cidadãos daquele país têm à propaganda com teor gay. Como cruzeiros para casais de homens ou mulheres, clubes de dança, saunas e por aí vai. Pensa-se em proibir essa publicidade, pois muitos dizem:
“Nos sentimos pouco confortáveis confrontados com isso.”
Bem, 65% é um número significativo. Outros 20% se dizem indiferentes ao tema, nem a favor, nem contra.
E por aqui, curiosamente não se faz propaganda dessa natureza. Raríssima a mostrar casais de homens ou mulheres anunciando algo, até como moderna família. Apesar de nossa modernidade toda e gritaria contra os homofóbicos, com razão, na propaganda o capital é quem manda.
Cruzeiros gay, não há, nem se anuncia. Uma pena.
Formidável a indiferença, falando nisso, da senhora presidenta(e) em relação aos protestos pelo cortejo imenso que levou a Roma, na posse de Bergoglio como Francisco. 52 suítes ocupadas... e 17 carros alugados. Sem embaixada a hospedar. Nada mal. O país vai bem, Dilma cavalgando no alazão ligeiro conhecido como Aprovação 63%. Os chatos a reclamar da farrinha romana, são apenas chatos...
Por sinal um chato, com programa em radio paulistana, comentou para meu deleite, que é comum quanto mais atrasado o estado brasileiro, maior a comitiva a ir aos eventos de qualquer natureza em Brasília.
Pelo visto os países não são diferentes. Até o estranho presidente da antiga Rodésia, Zimbabue (we?) , o tal Robert Mugabe, apareceu em Roma para a posse do papa portenho.
Com mandado de prisão na União Européia, foi sem problemas ao Vaticano, com vasta comitiva.
Enfim, poucos ligam na realidade para tudo isso, afinal temos mais o que fazer e deixem-os torrar nossos impostos, é assim desde o tempo de Elisabeth I.
E como diz o mentor desse divertido blog: somos assim, no fundo não ligamos muito.