Les Invisibles...
Homens e mulheres, negros e mulatos, por essa Bahia são parte do grande contingente fotografado, quase como exotismo. Os turistas mais preparados, com suas câmeras potentes, os retratam constantemente.
Provavelmente no retorno à velha Europa, Japão ou China, (os americanos brancos os ignoram, como os brasileiros brancos) o negro ou mulato baiano cause furor, com seu sorriso, sua alegria e força de trabalho, em centenas de fotos.
Já aos nativos brancos são praticamente invisíveis como seres humanos. Restos estranhos do escravagismo.
Ignorados, como cito, apenas chamados quando há algo a resolver.
Cozinheiras, arrumadeiras, enfermeiras, motoristas, jardineiros.
Porém sempre, quase sempre, não merecedores de palavras sobre o cotidiano, a família, os desejos. Como peças de mobiliário.
Úteis, mas quem conversa com um armário... Antes Les Miserables, hoje Les Invisibles