Em terras kirchnerianas...
Inegável por sua província a todo sul, (pois é isso, não existe muita terra habitável mais setentrional que a formidável Patagônia) o falecido presidente Néstor Kirchner fez muito. Talvez daí sua grande afinidade e pacto com o desejo de melhoras na vida dos argentinos. E o fez querido, até com depósito de confiança em sua viúva, Cristina.
Porém algum ranço autoritário caudilhesco não larga a questão política latino-americana.
E a senhora senadora hoje presidente, com suas pálpebras pintadas, sofre um tanto com isso. Seu índice de apreciação como governante da grande nação despencou para pouco acima de 30%, de fortes 67%.
A recuperação argentina novamente pelos obtusos problemas de décadas, como câmbio, taxação de exportação e limitação de importações necessárias, está atravancada; e cria conflitos quase tradicionais por aquelas bandas.
Todavia um bom amigo paulistano não se importou com essas coisas dos homens (é, a política e a corrupção são exclusividades nossas nesse reino animal...) e com seu pequeno avião, já bem voado diga-se de passagem, saiu da poluída Sumpa. E por longas horas no ar foi até as terras kirchnerianas, as que o próprio ironicamente dizia ser hora de retirar do perfil conhecido como o "traseiro do mundo".
Com seu encantamento o piloto, a me escrever:
"Quando falaram que quem voa uma vez na Patagônia nunca mais é o mesmo, não estavam exagerando. Na verdade estavam sendo conservadores, se você ainda considerar toda a história que envolve o lugar, anos 30, Saint Exupery, etc. ".
As fotos ao lado comprovam, assim como o sorriso do amigo.
A maioria de nós pertence ao clube dos "Aventureiros Até a Hora de Tomar Banho e Assistir a Novela", porém alguns se desvinculam disso e correm a fazer o que desejam mesmo.
Poucos, mas felizes. São assim.