Governos e nós com medo?
A sentença maluca e desproporcional contra as mocinhas da banda punk Pussy Riot remonta aos tempos ultra-autoritários, até por aqui, com a desculpa era ditadura, da brava. Apesar de ditos hoje democráticos, esses governos como da Rússia e até dos EUA, na medrosa perseguição ao sujeito do Wikileaks, ao invés de certa serenidade magnânima no trato do assunto (ninguém se feriu, fora o ego de quem deveria cuidar para informações “secretas” não escapassem).
Idem por aqui, nova democracia, o governo federal totalmente submetido a um grupo de diria prototerroristas, como são esses policiais federais, rodoviários e os demais das categorias em greve, a ameaçar principalmente o ir e vir, abastecimento e a saúde pública.
Pisoteiam sem remorso o público inocente (que só faz pagar os impostos e sob coerção, para os salários de pessoas que agora infernizam suas vidas), enquanto um bando de burocratas medrosos na administração central simplesmente não sabe o que fazer. A seguirem talvez mandamentos de um cínico ex-presidente, cujo temor à boa aceitação de sua candidata e atual governante, possa comprometer seus planos de reeleição. No estilo, "essa bagunça fica como sendo dela, portanto não a reelejam!"
Dois anos de privação de liberdade para as meninas russas, por terem cantado numa igreja. Possível prisão perpétua se os americanos pegarem Julian Assange, cujo grande crime foi operar o teclado, revelando correspondência secreta (porém antiga e inócua) da diplomacia americana.
E por aqui filas imensas, atrasos, falta de insumos médicos importados graças a um grupo a reivindicar salários iniciais “justos” de 13.000, pois agora recebem apenas 7.200 reais. Sem qualquer consequência, nem bloqueio de seus vencimentos, como em greves no mundo dos homens de verdade. Todos com medo, lá de mocinhas com boas vozes cantando a insatisfação, ou meninos em teclados e nós, povo e governo, de grevistas sinistros pois são criaturas com armas.
Somos como os carneiros, bilhões aterrorizados por alguns poucos cães de guarda ou de rapina, uns se dizendo do bem por governos medrosos e outros do mal, bandidos ou terroristas, porém todos com metodologias iguais. Somos assim.
Faltam-nos mais Assanges, Pussy Riots, Antonios Conselheiros ou a vovó que passou fogo no esperto queria roubar os parcos pertences em seu apartamento de Porto Alegre.