A segunda emenda
Pelo entendi do jornalista Alexandre Machado e seu bom programa na Radio Cultura FM, hoje pela manhã, é artigo adicionado à constituição americana, garantindo o direito à compra, posse e uso como defesa de armas de fogo.
Leio em outro canto, nos EUA estimar-se algo em torno de 200 milhões de armas para 300 milhões de habitantes. E comenta o jornalista, ficar admirado com o apego por armas do povo acima do Rio Grande. Com isso, sem vincular diretamente o caso ao Coringa matador verdadeiro, Alexandre especula sem muitas palavras, haver forte conexão entre a paranóia por armas e as matanças por lá. Com apoio oficial à manutenção dessa segunda emenda pelos candidatos a presidente. Diz ele: "aqui somos contra...". Será?
Nessa hora me lembrei do filme Mayer Lansky com o péssimo ator Richard Dreyfuss, em cena onde interpretando o mafioso judeu americano, foragido em Israel, observa colonos armados com metralhadoras (comum por lá), esbarrarem desatentos em policiais também armados, e ambos se desculparem com mil mesuras. Na película o comentário do bandido Lansky é algo como: "quanta civilidade em países onde todos andam armados..."
De qualquer sorte o índice de matança da Organização Mundial de Saúde para os EUA anda em 5 assassinatos por 100.000 habitantes. Islandia, zero.
São Paulo, 10 (oficiais, esses números "nativos" infelizmente não me convencem), Brasil em geral estimo reais pelos 40 e especialmente Alagoas 70, por 100.000.
Pela população e em números absolutos, somos campeões mundiais.
Em nenhum outro país do mundo se mata mais que no Brasil.
Futebol e assassinatos, imbatíveis. Com ou sem emendas. Somos assim
P.S. Porém imagino, indo contra todas as pacificadoras correntes de não-às-armas, sempre justas, a bandidagem com seu grande e indefeso alvo, a classe média brasileira, pensaria duas vezes em apontar armas se soubessem alguém do outro lado também estivesse armado e preparado. A sugestão pode ser imbecil e violenta. Porém aplicada em larga escala, como fazem os EUA, bem, são 5 lá contra 40 cá assassinatos por 100.000.