Prever a loucura?
Leio sobre o talvez maluco que detonou o ônibus com turistas israelenses e a si na Bulgária, assim como o doido essa madrugada mandou para o além 12 inocentes em cinema de Aurora, subúrbio de Denver nos EUA, entregando-se.
Curiosamente não ocorrem muitos surtos dessa natureza no inverno do Hemisfério Norte, e menos em qualquer época no Hemisfério Sul, excetuado o psicótico no Rio de Janeiro no ano passado e o estudante de medicina baiano, atirador em cinema paulistano, casos únicos, curiosamente, brasileiros.
Todos vão pela linha matar-inocentes em lugares públicos. Inocentes e desconhecidos.
Portanto surge certo perfil: entre 16 e 35 anos, solteiros e solitários, preferem o verão, fissura e acesso a armas, relacionamentos incertos e complexos com pais ou parentes, vingando-se em incautos e inocentes.
No caso de terrorismo como esse recente na Bulgária, pode haver engano de minha parte. É possível a chantagem ao atentado, familiares reféns, pressionado a matar-se no ato extremo e salvar parentes. Aos 36 anos não deveria mais estar sob foco de religiosidade e heroísmo, comum nos jovens islâmicos matadores. O terrorismo e os estados são bem criativos no uso da violência.
Então como prever ou mais praticamente, prevenir?
O tal Primeiro-Mundo até tenta, entretanto a sociedade americana por exemplo, de livre concorrência, não censuraria aquilo permite o lucro. Como cinemas e filmes violentos.
Hollywood semeia violência virtual em ultra-excesso, a sociedade colhe a real.
O resultado será menos público nos locais, revistas ao entrar em cinemas, etc. etc.
Porém os psicóticos sempre acham um caminho, é de sua natureza.
Em larga escala como Hitler, Stalin, Pinochet e os demais; ou em menor escala, como o noruegues e agora o estudante, ironia, de Ciencias Neurológicas em universidade no Colorado...
Em 1000 anos, quem sabe ao nascer receberemos um chipe, esse anotará nosso comportamento adiante e no instante do eventual curto-circuito nos desligará, para bem dos demais.
Por enquanto nada a fazer, a loucura de alguns pouco é imprevisível.
Somos assim, até os loucos.