O estrago do ato falho revelado...
Adoro.
Apresenta a pessoa em sua mais pura e cristalina, digamos, versão. O ato falho, quando notado por alguém, desnuda o sujeito, torna-o aquilo realmente pensa; e é. Daí meu pessoal e preferido complemento aos textos: somos assim!.
E somos mesmo.
Hoje leio certo candidato da direita alemã, atual ministro de alguma pasta, deseja tornar-se governador do mais importante estado, da região do Ruhr.
E em entrevista ao ser perguntado sobre seu futuro político, no caso de perder as eleições estaduais, desconversa, dizendo a melhor opção seria ser governador.
Porém completa: - "Infelizmente não é meu partido que decide isso (nota: ele tornar-se governador), mas os eleitores."
O atento entrevistador, irônico, pergunta: - "Infelizmente?".
Tenta desconversar, mas o estrago já está feito (ou o seu desejo realizado).
Claramente não almeja ser governador de um estado problemático, apesar de indicado pelo partido. A condição atual como ministro do meio-ambiente lhe é mais agradável, sem responsabilidades maiores, como é o caso para a maioria dos ministros, tanto lá como cá.
Porém é lindo observar-se a tal Fehlleistung, segundo Freud. Que deixa bem claro: somos assim!