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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Costa Fortuna, o da sorte, fica. Vai-se o Concordia...

Fortuna era a deusa da sorte. Ontem, sexta-feira 13 de janeiro de 2012, 100 anos após o acidente com o Titanic, a grande nave italiana Costa Concordia, aparentemente por erro humano, bateu em uma rocha próxima de Giglio na Itália e foi a pique.

Faltam 53 pessoas na contagem, 3 mortos confirmados.

O capitão preso, abandono de navio, coisa grave.

A data é cabal, o nome do navio idem. Acreditar em superstições?

Ou o inconsciente e a convicção de marinheiros antigos jamais sair-se de um porto às sextas-feiras pode ter levado o piloto a fazer bobagens, aparentemente com o capitão no salão do jantar, longe da ponte?

Pouco a dizer, todavia a pensar se os tidos como seguros cruzeiros desses enormes navios, são conduzidos por pessoas preparadas.

As cartas de navegação, em áreas tão conhecidas como o Mediterrâneo realmente atualizadas? Os "plotters" de GPS em dia?

As capitanias dos portos mundo afora trabalhando para a segurança no mar? Seguro manobrar esses gigantes de 300 metros perto de portos pequenos como Giglio?

Somos assim, sabemos achar estar seguros, porém sempre há algo imprevisto. Até o inconsciente supersticioso a guiar-nos para o erro.

Muitas bóias mundo afora sem manutenção, cartas náuticas desatualizadas, certa confiança excessiva até pelo tamanho dos navios presente. Pobre capitão Francesco do Concordia, sua mente será sua prisão...

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