Voltando ao normal.
O que era o normal? A moeda americana subindo a cada dia em relação à nossa, 15% nos últimos 21 dias, a inflação presente, diária.
As bancadas ruralistas e extrativistas dando o tom com as grandes empreiterias na política, como se faz desde D. João VI.
Grevismo no já péssimo serviço público, os horríveis correios parados, assim os professores em Minas, o judiciário em passo de lesma. Os pátios das montadoras acarteladas lotados: ao invés de promoção de crédito e campanhas de vendas com redução de preços, barram-se os importados baratos, com impostos maiores; vantagem para o governo e montadoras, dane-se o consumidor.
Os juízes pedindo aumentos apesar dos maiores salários do serviço público.
A corrupção a níveis como sempre houve, um tantinho mais descarada talvez.
Os supermercados ajustando seus computadores de indexação e preços, o queijo no Brasil hoje é mais caro do planeta. A carne estourando apesar da queda em dólares da arroba bovina, passagens aéreas 27% a mais em um ano. Violência cotidiana voltando aos seus níveis anteriores, 600 assassinatos em Sumpa desde janeiro, normal.
Tudo muito normal, como sempre foi.
Gostamos assim. Somos assim.