Coragem
São poucos, mas não menos admiráveis. Ao contrário dos confusos a detonarem bombas por supostas ofensas e infidelidades a inventadas criaturas divinas ou políticas, outros procuram a liberdade para longe dos dépostas, religiosos ou administrativos, com atos de bravura discreta.
Sem violência, com a única e própria ajuda.
Aqui a foto de um bote a motor em madeira, da Coréia do Norte, o que torna o ato interessante. E encontrado vazio às costas do Japão pela lanchona da guarda costeira. Desembarcaram pelo visto e abandonaram o bote.
Liberdade enfim?
Certa vez apresentaram-me sujeito de Essen, Alemanha, trabalhando em projeto de montagem de uma fundição na então comunista Alemanha Oriental; conheceu por lá bela moça. Apaixonado, com certo "passe livre" de ir e vir através da Cortina de Ferro, em ato de extrema coragem, literalmente costurou a amada dentro de assento de automóvel, tão pequeno os guardas fronteiriços jamais imaginariam ali haver escondido um ser humano.
Passou, alguns metros adiante e já na Alemanha Ocidental, desmontou o sistema-esconderijo com ajuda dos guardas ocidentais. Observado com binóculos pelos de lá, esticou-lhes um dedo do meio. Contava com alegria.
Dois anos após, o socialismo de "resultados" ruiu, a liberdade era para todos (mas a bela moça, apesar de agradecida pelo amor e coragem, apaixonou-se por outro e o abandonou.)
Cuba e Coréia do Norte, os "fazendões", ainda resistem.