Guia do vestibular: Profissões seguras.
Leio em um anuário estatístico de 2010 sobre a criminalidade no planeta, estarmos em oitavo lugar na escala da violência, com 25 homicidios intencionais por 100.000 habitantes.
O topo da lista é a pequena Honduras, com 78, depois El Salvador com 65, Venezuela com 48, Guatemala com 42, Belize com 39, Colombia com 38 e Trinidad Tobago com 37.
A nação não latino-americana mais violenta é a Rússia, com 13 homicídos por 100.000 habitantes.
A nação menos violenta de algum significado é a Islandia, com 0 assassinatos por 100.000 habitantes em 2010.
Os nossos parâmetros, desde que se firmaram como grande nação, são evidentemente os EUA. Sua média é de 5 homicídios por 100.000 habitantes.
Não há todas estatísticas fornecidas ainda para o ano passado, mas a África do Sul desponta como entre as campeãs, com 34 assassinatos por 100.000 pessoas.
O Estado de São Paulo vai com 10 vítimas, melhora um pouco.
Porém uma estatística curiosa é dada à nossa tão elogiada polícia federal, destaque com uma série de ações combatendo a corrupção, os delitos e protegendo nossas fronteiras. Sua equivalente gringa é o FBI.
Em 2010, 53 agentes do FBI foram mortos por bandidos. E nem cuidam das fronteiras.
Não há estatística por aqui, mas consegui reunir 3 casos de mortes em "serviço" da pê-éfe.
Uma desavença à bala entre dois policiais federais em um baile no Rio de Janeiro: uma vítima. E dois atacados e mortos por alguma razão em embate com traficantes na Amazônia. A polícia federal prefere o combate ao crime menos sanguinário, como prender funcionários públicos corruptos (e logo soltos), talvez um ou outro traficante desatento.
Entretanto é profissão das mais seguras, por isso tão disputada em concursos. Não gostamos de riscos, nem sendo policiais. É mais arriscado ser pedestre em São Paulo que policial federal...
Somos assim.