Invasão islâmica. Sobre um xenófobo filme da Igreja Batista Brasileira, contra as pessoas de credo não-cristão.
Um amigo me envia o filme, praticamente inspiração terrível nos filmes antisemitas dos nazistas. Certa conclamação da Igreja Batista para que haja ação, contra a "invasão" islâmica.
40% da população da Holanda se diz sem religião, 30% na Alemanha, números próximos disso na Escandinávia, na Rússia. etc. Há certa conscientização padres, pastores, mulás e monges a rigor perderam muito a credibilidade, depois de tantos anos de doutrina fajuta e pedofilia secreta.
E o grande ser, único ou múltiplos, onisciente, onipresente, bondoso e misericordioso não está nem aí para vítimas de tsunamis, terremotos e guerras... Portanto, como declaram adesivos que vi em Málaga na Espanha:
"It might be disturbing, but maybe He left us all! Get used to it.* " com uma foto do portão de Auschwitz ao lado de outra foto: de G.W. Bush.
Países ditos "novos", como nas Américas pós 1.492, ainda tem forte presença cristã. Foi religião imposta com ameaças, ferro e fogo; pobre índio ou negro não acreditasse.
E assim somos os mais violentos. Na verdade morrem dez vezes mais pessoas no Brasil no trânsito violento (40.000 /ano) e por assassinato (70.000) do que no Iraque, em números relativos e absolutos.
A Indonésia, com a maior população islâmica do mundo, fica longe de nossa violência.
Nos 35 anos que trabalho em pequena firma na Barra Funda em Sumpa, bem, fomos assaltados apenas 3 vezes e tivemos um total de 9 carros roubados ou furtados.
A igreja batista com esse filme (feito nos EUA) quer apenas contribuições, business as usual. É o grande negócio.
Edir Macedo e seu cunhado concorrente R.R. Soares, contabilistas cariocas por profissão e que se autointitulam "Bispo" e "Doutor", ambos os maiores salafrários da história das religiões do Novo Mundo, que o digam...
E sem impostos, mundo afora.
Religiões e doutrinas, todas, a recomendação melhor talvez seja afastar-se delas. É o que vemos no Oriente Médio e África do Norte. Cansou-se a juventude do discurso contra os "infiéis", os "hereges", o "imperialistas ocidentais", contra o "deus deles", "diabos" e essa bobagem toda. A turma quer menos rezas.
E mais empregos com liberdade; são assim.
* Pode ser um tanto perturbador, mas parece que Deus se foi. Acostumem-se a isso!"