Overbooking the banana, com todo respeito...

Vejo anúncio de um pequeno aparelho de GPS, ideal para pessoal de assistência técnica que conosco trabalha, muito em conta; em site anunciado junto ao "portal" UOL. Encantei-me!

Criei coragem e resolvi executar uma primeira compra, via internet, respirando fundo. Abri o tal link; apareceu a página do Bananna.com.br Arrumadinha; fiz todos os trâmites, pagando com cartão.

Em 24 horas estaria conosco, via correio Sedex. Êba!

Em seguida, porém, veio um aviso sobre "verificação do cartão não ser fraudado" por ser corporativo. Senti-me ministro (!), apesar da autorização efetuada do Visa, à vendedora.

72 horas para tal. Muito bem, aguarde-se.

Passadas as horas, imaginei mais 24 horas para a entrega; visto eu não ser fraudador de cartões, verificado estaria. Nada.

Olhei no “acompanhe seu pedido” em referido site...

Surgiu um marcial, duro “mercadoria indisponível”. Certo, e agora?

Telefonei, passadas outras 48 horas. Disseram que seria entregue... em 24 horas. Era uma sexta-feira. Mais 24 horas? Só mais 24 horas...

Perguntei se poderia cancelar, pois depois de uma semana desconfiei que não era coisa muito simples comprar por lá, já armagurando a batalha para cancelar o sacado via Visa (nisto são ligeiros...). Poderia, mas, pô, seriam só mais 24 horinhas.

Bati o pé, pedi o cancelamento, azêdo. A voz da atendente não me parecia convencida, nem ela, das tais outras 24 horas.

Arrasado; minha primeira vez, um decepcionante coitus interruptus. São assim as relações, até via Internet.

Detalhe curioso é o nome do site: Bananna... talvez um indicador do que imagina o incauto cliente, no que tange à disponibilidade do produto anunciado e o prazo de entrega.

Raciocinar-se-ia a empresa faturar ao cliente o que existe disponível, mas pelo visto arrisca-se algo como um overbooking, sem maiores compromissos com os pulverizados clientes.

As companhias aéreas fazendo escola...