Foto do Hermógenes

Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Criador e criatura...

Está aí, gostei da presidente Dilma em seus primeiros momentos de governo. Desvinculou-se discretamente do ícone, King Loolah I, avisou que religião e estado não se misturam devolvendo crucifixos e ao contrário do antecessor, não hesitou em se misturar à lama, miseráveis e mortos no Estado do Rio.

Fala mal em público, fruto de alguma inexperiência nessa área. Entretanto só a enaltece, pois falar mal significa não detonar as abobrinhas comuns de enchimento de embutidos dos políticos.

Não se preocupou com a reeleição (não riam, é a primeira preocupação do político, pois em 4 anos não se pode amealhar sempre o desejado: louros ou dólares...), sem cocô no ventilador no caso do milico que falou, isso é normal, "não termos que nos envergonhar do passado."

E serena, sem trajes da moda, voz firme, leme na mão pelo visto.

Andei desconfiado do processo lulístico à la Paulo Maluf provar seu prestígio eleger postes. Porém talvez, isso acontece, o monstro criado pelo médico Dr. Luis Inácio Frankenstein, ao contrário do original da história de Mary Shelley, aparenta ser pós-graduado em medicina social e saúde pública, superando o criador.

Só não superamos os pais, somos assim.

Jovem Frankenstein, um filme inesquecível de Mel Brooks. A pensar na relação...

Sem medo de vincular a imagem à grande catástrofe no Rio, o que o criador evitava. Aliás comum no mundo político, nas catástrofes sumir para não pingar lama no Armani.... O pobre Cabral só apareceu com a presidente, he, he...

Comentários (clique para comentar)

- 17/01/2011 (10:01)

Goebbels insistia com A. Hitler fosse mostrar-se junto à população das cidades bombardeadas ou soldados retornados de Stalingrado, a inspirar solidariedade e preocupação, para novas "forças" surgirem do infortúnio. Respondeu que sua imagem jamais seria associada à destruição ou soldados vencidos, somente vitórias. Lula e seus "marketeiros" seguiram pela mesma linha. Bush idem, porém no caso do furacão teve que ceder ao público. Dilma foi ligeira. Aqui no estado de São Paulo a turma segue a doutrina Hitler-Lula-Bush, desvinculando-se de tais imagens negativas.