Administração nota 10!
Desde 1984 onde trabalho procuramos regularizar uma situação curiosa. Apesar de anistiados (paga-se por isso, claro) por lei municipal de 2003 sobre uma cobertura adicional feita em um estacionamento, e pagando o imposto sobre a área desde 1984, agora em 2011, 8 anos após a tal anistia e fornecidos, não é mentira, por volta de 60 documentos distintos, nada se resolveu.
É a ultraburocracia, novo têrmo que aqui lanço. Algo como além da velocidade da luz, só que ao contrário.
Não temos emitido o tal Habite-se, certificado de habitabilidade, o que nos torna "clandestinos". Assim como, leio aqui, 97% dos imóveis comerciais e industriais de São Paulo são irregulares.
Os critérios são absurdos, e a morosidade exemplar, por isso poucos podem de fato adequar-se à legislação. Em alguns casos impossível fazê-lo, pois a corrupção e lentidão não permite, paga-se e espera-se, mas nada ocorre. Como o nosso caso.
Esse é o tal custo Brasil, procura-se portanto sair da cidade e do estado, diante de tanto papelório e corrupção. Esta última por sinal crescendo como "nunca dantes nesse país", parodiando o metalúrgico-mór da nação, sua alteza King Bearded Frog I. Com todo respeito, pois realmente tornou-se rei, um fenômeno à antiga, marcante.
Vejo aqui as fotos excelentes feitas pela Folha de São Paulo nesta madrugada (cliquem aqui para ver) e fiquei pensando: moro aqui há 54 anos, a rigor nada mudou em matéria de combate às enchentes. Penso nos bilhões gastos com as novas Marginais e vejo que continuam alagadas, olhem as fotos. Ou no ajuste do Rio Tietê, de épocas de Alckmin que agora retorna com seus soluços, e nada também, continua transbordando.
Com todo respeito: uma merda.
E resignamos, sempre nos deixando levar pelo "fazer o que?".
Acaba de deixar minha sala um dos gerentes, perguntando se o atraso não justificável trabalhisticamente (alagamento), levará ao "desconto do domingo". Informamos que sim, será descontado, não há como justificar a despesa sempre a favor da administração pública ineficiente ou casos de força maior.
E nem sempre as empresas, principalmente as pequenas que são maioria, são culpadas por todos os males do país, até meteorológicos, como colocam os governos junto à população.