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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Colonização portuguêsa...

Onde trabalho vejo a melhor forma de confirmar : nossa colonização por essa bandas paulistanas é a mais portuguêsa possível.

O gerente de vendas é Iaconelli. O gerente administrativo é Nardelli. Na produção comanda o sr. Reschini. Na manutenção impera um jovem colega, Chiodo.

O chefe de suprimentos é o criativo Tarcinale, secundado para a área externa pelo amigo Rossi. Um estagiário recente é o interessado Grimello. O homem que incansavelmente, dia após dia, empurra um vassourão imenso pelo chão da fábrica, grato pela modesta ocupação por alguma misteriosa razão, é o sr. Barbieri. E por fim o curioso chefe (recentemente só a andar de bermudas, pinéuzinho), Bussius, apesar de filho de alemães, o nome é italiano, de Modena.

Que me lembra um genro, também Barbieri. E seu grande amigo, um criativo arquiteto de mostras, Rossi. A grande amiga da filha, Milan, o namorado de outra, Frattini, meus próprios amigos, o Iecco, o saudoso Iezzi, a bela Brusco, o formidável Checchia, um certo ViIttorazzo, outro tal, Amato, quem deixa meus dentes em bom estado, Morrone, quem procura nos livrar de encrencas jurídicas, Moi, etc, etc, etc...

Português é lingua latina, de origem romana, da península itálica... 50% das palavras no inglês atual são latinas.

Somos todos italianos? Somos apenas assim...



* Leio aqui que por volta de 1.900, havia mais pessoas nascidas na Itália na pequena São Paulo do que "nativos". Até hoje, apenas 30% em nossa Sumpa nasceram por aqui.

1 O "vapor" na São Paulo de 1888 em diante foi gerado, aqui como no interior, pelos imigrantes italianos. Inegável sua contribuição extraordinária em colocar o estado como locomotiva do pais.

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