Simplicidade como estilo de vida
Por Denise M. Teixeira, de São Paulo
Nesse final de semana tive uma experiência de simplicidade e consciência de vida, no interior de São Paulo, Rio Claro. Lá mora uma jovem muito próxima cursando geografia na Unesp que divide com mais duas amiga, estudantes de biologia, uma pequena casa térrea.
A morada possui dois quartos, mais um quartinho na área de serviço, cozinha, sala, banheiro, uma varandinha de chegada e pequeno pátio voltado para um quintal (aproximadamente 20 m²).
Nele encontramos duas composteiras, temperos variados (salsa, cebolinha, manjericão, etc.), maracujá e por aí vai. Todos os espaços de terra são plantados com comestíveis ou flores.
Nas áreas construídas os vasos pontuam cada canto e os objetos coloridos dão aconchego. Nada é novo. A casa é mobiliada com os descartes das famílias, das doações de ex moradores, de objetos encontrados nos lixos da cidade. Entretanto nada tem aparência de desleixo ou de sujeira. Ao contrário, tudo está recuperado, usável, limpo e esteticamente equilibrado. Uma simples caixa de fruta transformou-se em prateleira para plantinhas, uma mesa de centro em estilo “colonial” foi recoberta por patina alaranjada. Nada se perde, tudo é resignificado e ganha utilidade.
Até aqui descrevemos o aspecto físico da morada, mas ele é revelador da alma dessas pessoas, onde a sustentabilidade é naturalmente parte da forma de viver: estudar, pesquisar, trabalhar, não desperdiçar, rir, dançar, caminhar, conversar, cozinhar, cinema, etc.,
Para completar, um cachorro e dois gatos dão o tom de uma moradia singela.
Esperança é a tradução do que vi!