Arquitetura, pintura e fotografia.
Fiquei encantado com a tríplice exposição no Instituto Tomie Ohtake (a pensar a razão de nome tão austero...). Iniciei com Arquitetura Brasileira, Viver na Floresta com curadoria de Abílio Guerra, verificando o entorno natural de algumas grandes obras pelo país. Obras interessantes como o Cassino da Pampulha de Niemeyer à Vila Monlevade, de 1934, por Lúcio Costa. A apresentação rica de delicadas maquetes e os formidáveis vídeos da Helena Guerra completam com primor.
Adiante um pouco de pintura, com Guignard e o Oriente, China, Japão e Minas com curadoria de Paulo Herkenhoff e Priscilla Freire. Um trabalho agradável de observar, mas confesso o traço de Alberto da Veiga Guignard e a temática do pintor não me motivaram a suspiros exagerados.
Pelo contrário.
Achei a temática meio chinesa dos monticos escarpados, lastreados em originais e telas verticais com seus ideogramas e pássaros, de sólida monotonia. Guignard se encanta, aparentemente.
Mas fui recompensado com o bonito trabalho fotográfico de Antonio Saggese, Pittoresco, e o retratar do nosso céu e nuvens, que é fascínio antigo meu.
Excelente.
Porém não compreendi a razão da sala onde ocorre aquela mostra estar gelada, escura. Fotos na minha opinião devem ser bem iluminadas para a riqueza de detalhes; e nunca combinadas com vídeos, que requerem ambientes escuros.
Mas nem todos captam e admiram novas combinações, somos assim.