Venezia!
Por Helena Romano Guerra, de São Paulo
Entre as abobrinhas que meu amigo Hermó aqui desfia (ou cozinharia?), me chamou atenção uma que fala sobre Veneza, segundo ele a cidade mais visitada do mundo (o cara deve ter cadeira cativa no hall da Wikipedia para pescar este tipo de informação...).
A pequena e famosíssima cidade tem o nome como homenagem a deusa romana Vênus e chega de história, pois aquele lugar para mim tem o fascínio do isolamento-não-isolado.
Hã?
Isso mesmo, ao mesmo tempo que uma multidão de turistas, durante todo o ano, desfila ou marcha pelas sua ruelas encantadoras, a falta de buzinas de carros, ou de ciclistas tirando finas e motoqueiros irritantes trazem momentos de verdadeira paz.
Lembro, sentada em um banco de praça, imaginando ângulos possíveis para fotos ou até um mais ambicioso curta-metragem, ter fechado os olhos e apenas ouvido passos. Com uns murmúrios ininteligíveis.
É algo bonito, não há vibração de carros, ônibus ou caminhões; apenas um ou outro marulho das gôndolas e barcaças passando. E, talvez aí, a mágica da tão famosa cidadela em meio aquele (meio fedido, é verdade) lago salgado.
Com minha camerazinha russa de épocas soviéticas tirei algumas fotos, no estilo fish-eye, grande angular, procurando captar o máximo da Veneza, essa fascinante cidade tão isolada e tão próxima de todos nós, mais até aos descendentes de italianos por essa Paulicéia doidona.
Helena R. Guerra, jovem cineasta, roteirista e fotógrafa paulistana comenta o www.hermo.com.br
Cliquem sobre as fotos para aumentá-las e saborear os detalhes.