Foto do Hermógenes

Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Sonhos quebrados

Por Eliane Gonçalves, do Rio de Janeiro

Quando criança, visitei certa senhora que estava nos seus momentos finais de vida. Não entendia muito bem o que ela dizia por todo o tempo em que estive no seu quarto. "Pra lá eu ligo, pra cá não consigo ligar"

Ao sair, perguntei porque falava essa frase e me disseram o seguinte: -"Quando a pessoa está partindo, fica vendo fatos da vida como numa tela de televisão".

Hoje com o passar dos anos percebo que essa telinha já começa aparecer na minha vida, trazendo lembranças de coisas marcantes e até com certa dose romantismo.

Dizem que não devemos viver de passado, e concordo com a afirmação. No entanto, o presente é, em muitos momentos, reflexo desse passado. Recentemente comemoramos o Dia do Trabalho, a escolha da data de 1º de maio foi feita pela Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, em 1889. Foi uma homenagem aos trabalhadores mortos pela repressão policial nos Estados Unidos.

Infelizmente, quase todas as datas comemorativas trazem em sua bagagem a luta e a dor de muitos, e até mesmo a não realização em vida dos sonhos desses visionários. Sonhos quebrados, mas que serviram como mudança ou viraram marco histórico.

Ao acompanhar a tragédia pelas chuvas neste país e no Rio de Janeiro, no início do mês de maio, meu coração abateu-se e creio que muitos torceram por cada vida salva. Ao mesmo tempo aplaudimos as críticas aos governantes diante do fato ocorrido e a costumeira omissão além da primitva retórica oficial, que nem mesmo uma criança aceitaria. Mas é justamente sobre essa postura que gostaria de solicitar sua reflexão, pois em muitos momentos compactuamos de forma indireta ou direta com esses recursos demagogos.

Falo isso porque nesse dia conversando com um amigo sobre o problema da chuva, o mesmo me disse que seu dia tinha sido exaustivo. Achei que era por causa do trânsito, falta de luz ou algo assim. Mas não era nada disso!

Ele saiu de sua confortável residência para acudir velhinhas de um asilo atingido pela chuva e pessoas em local de perigo. Nesse momento, recebi uma grande lição. Falamos muito, sentimos muito, julgamos muito...e agimos pouco!

Nem sempre saímos da nossa zona de conforto, mas nos acomodamos olhando pelo binóculo televisivo as imagens ou fatos de impacto, como isentos de qualquer responsabilidade. Infelizmente, confesso que fiz parte desse grupo. E você?

Por esse motivo escrevi esse texto, pois nem tudo está perdido.

Se você deseja modificar a telinha da sua futura TV, faça parte do grupo que pensa no planeta com amor e carinho. Saia da área de conforto! Faça algo para mudar esse cenário!

Recomende esse texto para os seus amigos reais e virtuais, pois enviamos tantas coisas negativas que estão acontecendo em nosso país e planeta, mas esquecemos de divulgar e incentivar os que estão lutando para que possamos viver mais, e com maior qualidade de vida. É momento de talvez fazer algo. Fique em sintonia com coisas boas e quem sabe irradiará ondas de vida ao seu redor.

E para terminar deixo esse pensamento:

"Uma andorinha só não faz verão, mas anuncia a primavera".

Todos podemos ser andorinhas.

P.S.: Posso recomendar um ínício? Que tal acessar a organização CIMA, clicando aqui?

A autora recomenda o contato com uma organização de ajuda, para a procura de um novo horizonte. Veja mais em www.cima.org.br . Quiça o momento de fazer algo é agora?

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