De volta ao passado, com agradecimentos à prefeitura e empresa de energia.
No quadrilátero à esquerda do estádio do Pacaembu, entre as 3:00 da madrugada do dia 28 de fevereiro até às 20:30 do dia 1 de março, por queda de uma árvore e risco de rompimento da linha de alta tensão, nós sempre conformados cidadãos-palhaços, pudemos nos divertir com uma curiosa volta ao passado, por mais de 20 horas ininterruptas.
Período que este mundo de eficiência, esta ilha de excelência e esta moderníssima e diligente administração municipal, com o curioso Kassabinho à frente, necessitou para que fosse restabelecida a energia elétrica em parte do bairro.
Por falta de poda ou inspeção das árvores cinqüentenárias e instalações de linhas de alta tensão em postes comuns, abaixo das copas.
Enfim, culpa exclusiva do cidadão, afinal quem votou e elegeu esta turma foi a maioria. Agora que se agüentem com a falta de manutenção das vias públicas, hoje quase sem sinalização horizontal, os parques e praças em sua maioria abandonados, a poda inexistente e a diligente AES-Eletropaulo, que nos fornece a energia aos soluços, tirando da “reta”, a culpar as instalações antigas, a baixa tarifa cobrada e a falta de poda da prefeitura.
Em 2 semanas um total de quase 30 horas sem energia em nossa rua.
Com 30% de aumento no imposto predial, pelas “melhoras”...
Porém divertido, retomando o tema da volta ao passado. A sogra em visita, moradora no interior baiano, lembrando dos tempos em que na sua cidadezinha, às dez da noite, era desligado o gerador, ficando tudo às escuras. Geladeiras muitas vezes eram a gás, pois no calor da região, a aguardar o retorno da energia elétrica as comuns não conservariam os alimentos.
E o uso disseminado da iluminação de um tal fifó, pequeno candeeiro que alimentado com algum tipo de azeite, era o farolete da população, após o desligamento do motô, como me conta apelidavam o gerador.
Ontem na maior cidade do hemisfério sul acendemos velas, esquentamos água do banho no fogão, desmontamos as travas dos portões elétricos e por fim ainda descobrimos uma lanterna de mineiro que ajudou a sogra enxergar melhor seu escuro jantar. Sem internet, TV, rádios, campainhas, zunidos e barulhos, sem ventiladores, sem chuveiro.
Outro mundo, por alguns momentos.
Basta clicar sobre as fotos para os ricos detalhes deste jantar à luz de velas...