O mais longo dos longos...

Leio aqui que em 1966, saindo de um ônibus que o levou da porta de casa ao seu local de trabalho em Dearborn, em algum lugar dos EUA, o senhor Anton Karl Struwwendecker, engenheiro de carreira de grande empresa do setor automobilístico, ao caminhar da porta frontal do coletivo até seu final, por exatos 42 pés (1 pé = 12 polegadas ou aprox. 30 cm) teve uma contínua emanação gasosa anal.

Intrigado com o fenômeno jamais havia sentido ou observado em outros, Karly como era conhecido fez alguns curiosos cálculos, anotou e guardou em sua escrivaninha até 1977, quando se aposentou. Seu sucessor os encontrou e enviou para o Dearborn Tribune, publicando este o seguinte reporte, o qual traduzo a seguir, com todas as minhas deficiências nesta arte, a tradução, que peço não as considerarem:

”Dearborn, 14 de maio de 1978 – Locais

Anton Karl Struwwendecker, engenheiro da F... Company, em 1966 após alguns cálculos que fez com facilidade, por ser dos engenheiros dominarem a matemática, anotou que provavelmente foi o primeiro ser humano a literalmente medir o tempo de uma sua emanação gasosa, a se mostrar bastante extensa. O passo de um ser humano em caminhada normal tem a duração de 1 segundo e a distância percorrida é de aproximadamente 1,5 pés. Portanto a velocidade média seria de 1,5 pés por segundo. Caminhando ao lado de um ônibus de 42 pés, a emanação gasosa prolongou-se do momento de detonação até o esmorecer por 28 segundos. Karly como era conhecido, anota que ocorreu sem interrupções e estimou que salvo ocorridos na infância (que não lembraria) ou no sono, seria a mais longa de sua vida.

A emanação média é de aproximadamente ¼ de galão (volume de gás) e ocorre em períodos de no máximo 1 segundo, portanto durante os 28 segundos, o engenheiro produziu cerca de 7 galões de gás. Anota aqui que um balão de parque de diversões tem um volume de 1 galão aproximadamente, portanto seriam 7 balões cheios. Porém, verifica com curiosidade, estes 7 galões não poderiam estar em seu interior. Conclui que a pressão nos seus intestinos, de acordo com o teorema da conservação da energia ou Gay-Lussac, seria o seguinte: o volume de seu reto, onde se acumula o gás ser de no máximo 1/8 de galão. A temperatura similar ao exterior, desprezível a diferença de 5 – 8 graus. Portanto a variação se traduz numa imensa pressão, ou seja 7 galoes a pressão ambiente equivale a pressão equivalente a 56 vezes a pressão externa (!).

Por fim discorre que a velocidade de escape do seu gás, pelo orifício, cuja abertura estima em 3/16 de polegada quando inicia-se a descompressão, seria para ¼ de galão (imperial) por segundo algo de 160 pés por segundo ou 120 milhas por hora.

O senhor Struwwendecker aposentou-se e infelizmente faleceu há apenas duas semanas, mas seu legado permanece, com estes dados que compilou e seus colegas recomendam publicar, o que fizemos com este reporte.”

Eu por minha parte fico a imaginar o tempo gasto nas elucubrações sobre seus peidos. Provavelmente com a cara séria, régua de cálculo que se usava à época, lápis e papel, uma caneca de café aguado, o Karly rascunhava e recalculava a velocidade de seus traques.

O jornal deve ter achado curioso e publicou.

Somos assim, nós homens morremos de rir com assuntos ligados à escatologia.

Gasosa ou sólida.