Aos 71 anos são muitas elucubrações...
Por Ludwig von Albarus
Por volta de 1978, eu trabalhava em Limeira, São Paulo, na Rockwell do Brasil. Próximo da cidade havia a Romi, tradicionalíssima fábrica de tornos e tornei-me bastante amigo do Comendador Romi.
Que faleceu há 31 anos, num dia 25 de abril.
Numa daquelas tardes modorrentas, toca o telefone: era D. Mafalda, gerente de recursos humanos das Indústrias Romi.
-“Venha até aqui, urgente!”. Somente isso
Em uma de suas viagens à Itália, o comendador trouxe uma mudazinha de oliveira e plantou no jardim da fábrica em frente à sua sala.
E dizia a todos que logo haveria uma bela colheita de azeitonas!
Todos respondiam uníssonos: -“Qual nada, comendador. Com esse calor aqui de Santa Bárbara, nunca!”
Retrucava ele: -“Não hei de morrer sem ver azeitonas aqui nesta árvore...”
No dia 25 de abril, ao chegar à fábrica, ele viu que havia duas azeitonazinhas no pé...
D. Mafalda queria me avisar que o comendador havia morrido.