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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Homens brancos de olhos azuis, homens maus

Dizem a assessoria de comunicações do primeiro-ministro inglês Gordon Brown, por sinal um invejável orador, alertou para as saraivadas de bobagens poderiam vir de Loolah, assim escrito nos protocolos. Para não haver erros de expressão, alguma coisa como Mister LIULEI, se ao pé das letras de Lord Byron tomassem...

Admirável, de ambos os lados, Brasil e Inglaterra as ações: de um a fleuma, característica; do outro o preconceito impensado, também já tradicional. Lula é um pequeno Ronald Reagan, o qual entusiasticamente cumprimentou o povo da Bolívia ao pisar em Brasília.

Nosso capo di tutti capi trouxe à tona coisas remotamente patentes, o malvado homem branco a explorar os sofridos nativos ou escravizados. Comentando com minha cara consorte o assunto, tendente ao líder máximo, detonou: e não é verdade? Os grandes problemas não foram causados pelos homens brancos de olhos azuis?

Sem dúvida, foram. A pólvora, o astrolábio, o direito, os primórdios da filosofia, as guerras de conquista com estratégia definida são dos antigos, orientais e mediterrâneos. As maldades recentes, porém, são todas derivadas de atos do vil homem branco, de olhos azuis. Agrotóxicos, bombas nucleares, motores à combustão, usinas térmicas, bancos, guerras no Oriente Médio são obra dos pigs, como o movimento black power recomendava denominar os policiais brancos, nas marchas de protestos.

O assunto não era, porém, muito discutido por cá. A discriminação brasileira, assim um sábio homem conheci lá pela Bahia, era questão social, não racial. Entretanto os tempos mudaram, hoje falamos em ação afirmativa, cotas raciais, privilégios às minorias oprimidas e graças ao presidente Lula, demos nome a quem nos trouxe toda a miséria: o homem branco de olhos azuis.

Há mais de 2.000 anos, desde que os romanos venceram Vercingentorix, algo deu errado. Os bárbaros germânicos vencidos e escravizados, de pele branca e olhos azuis, imiscuíram-se Europa afora, distribuindo sua maldade intrínseca, cruzaram oceanos e hoje em pleno século XXI ainda detonam a moral, os bons costumes e maltratam índios e negros.

Portanto, Lula, que tal nos livrarmos deles?

Adolf Hitler fez similar, dando a culpa a todos os problemas do mundo, nos anos 1930-40 ao sionismo internacional, à riqueza judaica e seus expoentes. E seu partido também era de “trabalhadores”...

Olha o perigo!

Confraternizando, mas só para fins políticos.

Comentários (clique para comentar)

Cornelia - 04/04/2009 (12:04)

Faltou mencionar os ciclistas católicos... Bom, muito bom !

Daniel - 28/03/2009 (12:03)

"A discriminação brasileira, assim um sábio homem que conheci lá pela Bahia, era questão social, não racial. - assim o que?