Novamente cuscus e coisas de Parati
Nos soa como algo paulista, caipira ou até paulistano; coisa trazida do interior, de festas da roça, de fogos e fogueiras, erres enrolados e chapéus de palha com abas esgarçadas. Ou coisa de bairros paulistanos menos nobres, usando esta horrível expressão, com perdões, como Santana, Tucuruvi, Vila Galvão, Parelheiros, etc...
O cuscus, digamos um tantinho mais comum nas épocas das festas juninas, é preciosidade do mundo árabe. Por sinal delicioso também, o original misturado de carnes bem cozidas, verduras, fortes temperos e a semolina em grão. Uma especialidade bastante presente no norte africano ou Oriente Médio, e que, por aqui, aparentemente trazida pelos imigrantes sirios e libaneses, na falta da semolina em grão, adaptou-se, usando-se ingredientes de boa disponibilidade, comuns à terra nova: farinha de milho, de mandioca, ervilhas, ovos, sardinhas, camarões, tomates e uma imensa gama de modos de preparo.
Confesso o melhor provei até hoje foi recente oferenda do meu amigo Quartim Ayrosa, neto do grande etnógrafo, filólogo, antropólogo, sociólogo e conhecedor da res brasilis, Dr. Plinio Ayrosa. Com grande talento para a culinária, o que deveria explorar, literalmente, em benefício financeiro, Quartim apresentou-me o cuscus paulista, com receita diz ele da avó, esposa do Dr. Ayrosa; e diria eu ser incomparável.
Umidade certa, tempero no ponto, balanceamento entre farinhas de milho e mandioca caprichado, camarões na medida sem empanturrar, eliminado o ovo decorativo, sem ervilhas, bem enformado, fácil corte. Perguntei sobre a receita, porém mantém o segredo da avó, e resmungou algo sobre coentro dissolvido em azeite quente, entretanto confesso não entendi.
Delicioso, imbatível.
Belo prato, poderia ser mais generoso com a receita, ou discretas dicas. O seu avô certamente ficaria orgulhoso se soubesse deste talento do neto, com a sua verdadeira culinária paulista-paulistana, esta formidável confluência de hábitos, ingredientes e temperos dos imigrantes, dos escravizados e nativos. E coisas de que tanto gostava o Dr. Plínio: as questões brasileiras e suas origens, sociológicas e antropológicas.
Ainda na culinária, recomendo quando por Parati no Rio de Janeiro, ir ao Matriz, pequeno restaurante e me parece combinado antiquário, recentemente reaberto. Um primor, seus pratos diria hoje são os melhores da cidade. O novo menu conta com uma recriação fenomenal do demodeé camarão à grega e interessante risoto com toques crocantes. É o prato diria quase uma homenagem ao camarão neste verão. Imbatível! (endereço e menu clicando aqui).
Gulosos todos, uma vergonha, mas somos assim. E com referência ao artigo anterior Três boas refeições fica fechado o ciclo, com esta segunda e terceira aqui.
- 05/03/2009 (12:03)
O que pensa sobre si mesma alguém que chama o outro de idiota?
- 02/03/2009 (19:03)
pixadores alegam 'liberdade de expressão', o que é bem diferente de 'liberdade de agressão'
Hermó - 02/03/2009 (10:03)
O curioso fenômeno da pixação. Algo incomoda, não se sabe o que, mas incomoda, desaba-se pelo escrito detonador. Dest´arte pixa-se, ave César! Desde os romanos, ou antes até. Comum: a primeira ação no paço da arte como a Bienal de Arte em Sumpa 2008 foi a pixação. Grupal. A moça advogada Paula Oliveira foi adiante, autopixou-se, lá na Suíça, a detonar o cotidiano, dela e dos helvéticos. Assim a sra. Mabel T., agredindo a quem imaginava parede de pixação, pois a agressão anônima ou ao desconhecido é parte de nós. Somos assim. Banheiros públicos são o grande exemplo. Lembro da universidade, espaço disputadíssimo, em épocas de ditadura. "Lá fora clamas por direitos, por justiça e eleições diretas, aqui, camarada, não passas de um cagão...". Hermó.
- 02/03/2009 (08:03)
É Perivaldo, filho de Raimundo, idiota!
Angélia - 02/03/2009 (07:03)
Tenebroso mau humor. só merece receber um deserto na cabeça. Como os escritores administram esta ira, que seu escrito porventura provoca em alguns leitores? Bjs, gratíssima, o livro é precioso. A.
Daniel - 28/02/2009 (11:02)
Português sofrível da dita mau humorada diga-se de passagem
- 27/02/2009 (10:02)
Pelo visto a moça com nome de bolacha não gostou do cuscus do seu amigo. Que mau humor!
Thomas - 27/02/2009 (08:02)
Olá Sra. M.Teixeira,
imagino ser a irmã da minha amiga Ligia Schmidt, casada com Dr. Peron, me recordo, acho, primo de meu falecido sogro, Dr. E.Teixeira.
Hermógenes de Castro & Mello é pseudônimo que uso faz muitos anos ( desde 1994, para ser correto), escrevendo sobre o cotidiano, a que chamo de "abobrinhas". Agora em bilogue próprio, com alguns leitores.
Já a removi da nossa listagem (sugestão de conhecidos seus incluí-la, com todo respeito), lamento tê-la importunado com os escritos e mande minhas recomendações à minha amiga Sônia, sua mãezinha, diga que sinto saudades de meu querido vizinho de "roça", seu bom pai, meu amigo, o falecido grande Dr. Magalhães.
Uma sugestão para o futuro, se me permite, prezada senhora: antes de detonar outras agressões, verifique a possibilidade do por si desprezado "redator" ou "redatores", não estarem escrevendo o que a senhora imagina. Não se escreveu sobre elitismos, senhora.
Me parece houve alguma interpretação equivocada sua sobre o texto.
Com minhas melhores recomendações, Thomas Bussius.
Mabel Teixeira - 27/02/2009 (08:02)
Nem sei quem vc 'e mas lhe acho extremamente ridiculo, ainda mais agora ,com esta observacao pobre sobre quem 'e mais ou menos elitista! Tive o azar de clicar errado neste seu email chulo e raso ( o qual ja tentei excluir, mas como toda peste ,'e dificil de ser disseminada!) e acabei lendo esta coisa barata e esnobe. Coisa de gentinha que quer aparecer!!!! Se voce tiver um pouco de brio , por favor nao me envie mais merda como essa que eu recebi. Se respeite, queira ser alguem !! Mabel Teixeira