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Espaço de reflexão Hermógenes de Castro e Mello

Liners

Um belo exemplar, o livro Liners, do Tandem Verlag com associação da Getty Images, parece-me de 1999, não há data exata. Um presente para o menino há em cada de um nós; e meus amigos Stela e Fernando Villela acertaram o prego, na cabeça.

Máquinas gigantescas os tais navios de linha (liners) regulares, os quais até meados dos anos 1960 eram meios comuns, e baratos, de viajar. A rigor quase todos nós daqui, todos com um tanto de sangue de outros continentes, podemos agradecer ou amaldiçoar aos navios e seus construtores, marinheiros e capitães, iniciando pelas caravelas passando pelos odiosos e nefastos negreiros por estarmos aqui.

Entretanto o livro trata da época áurea deste tipo de viagem, quando o luxo chegava a certos extremos, de forma a atender as “castas” viajantes da melhor maneira possível, e muito conforto. Repete-se a dosagem hoje em dia, nestes super-navios (eu sei, sem hífen) de cruzeiros, rápidos, e grande giro de passageiros, pelas costas dos países onde momentaneamente se alegra o verão.

Pelo se desprende do livro e suas centenas de fotos fabulosas de um período cobrindo 40 anos de navegação de grandes navios, o auge do luxo corre pelos anos 1930, nos navios ingleses. Festas, grandes jantares, cabines de luxo, bares excepcionais e um público nas classes “superiores” de boa seleção. Ou seja: seleção = muito dinheiro.

Isto não mudou.

De qualquer forma um tanto mais tranqüila a viagem, com espaço para as pernas, boas dormidas e leitura, menos choques de fuso horário, sem o infernal ar seco nos aviões após algumas horas e o tratamento de gado na partida e chegada, com mais passageiros em aeroportos nunca são modernizados.

Tenho curiosidade e grande vontade (e, penso, até o tempo) para uma viagem destas. Falta-me ainda a coragem, não pela viagem, porém para a partida a deixar o cotidiano “responsável”, o dia-a-dia a nos acorrentar.

Clicando sobre as fotos se ampliam.

Livro formidável, para meninos grandes e pequenos que gostariam de saber dos grandes navios de passageiros e seus interiores.

Encontro nos anos 1920-30 a bordo de um liner, as moças em certo estilo Charleston na ponte de comando.

O bar, vejam que maravilha era nos 1930 no famoso Queen Mary.

O Queen Elisabeth 2 em sua viagem inaugural no canal da Mancha, em 1968. Pela robustez, me parece, navega até hoje. 15-17 dias da Europa ao Brasil, um bom descanso, longe de tudo, ou terrível tédio?

Comentários (clique para comentar)

Thomas - 18/02/2009 (15:02)

Desculpas, vou tentar corrigir. Tudo bem consigo? Abraço,Th.

Hermógenes de Castro & Mello - 18/02/2009 (15:02)

Nem só cuidado com o "emails" pessoais... Cuidar um pouco do humor, andas ranzinza, mestre!

- 17/02/2009 (19:02)

Tenho que tomar cuidado com os mail's (sic) pessoais. Até estes vão para o blog! Olha que nosso artista predileto havia me alertado ayer.

José Luiz Trottenberg - 17/02/2009 (08:02)

Thoooomas, Thoooomas, o Dani, grumete de quinta, tem razão, às vezes esta tua moda de tirar os "ques" do texto enchem o saco. É viadagem(sic)... Fora isso o blog continua bom! JL - diretor social